Quais as vantagens e desvantagens do Transplante Renal?

Os rins são órgãos indispensáveis para a nossa saúde e desempenham um papel fundamental na execução de diversas funções para o bom desenvolvimento do nosso organismo, como limpar as impurezas, filtrar o sangue, regular a quantidade de sais minerais (como sal, potássio e fósforo), manter a pressão arterial regular e a produção de glóbulos vermelhos que evitam várias doenças.

Quando diagnosticado com a doença renal crônica, o paciente é indicado a iniciar um tratamento que substitua e auxilie no funcionamento das funções básicas dos rins, uma vez que o órgão está comprometido devido a essa doença que a longo prazo pode causar diversas complicações como a redução das funções renais.

Diante dessa condição, muitas pessoas portadoras da doença renal crônica (DRC) buscam por alternativas efetivas que proporcionam melhor qualidade de vida e encontram o método de transplante renal como uma solução. Entretanto, é importante destacar que esse processo exige uma avaliação criteriosa junto aos profissionais da saúde responsáveis pelo tratamento do paciente e alguns fatores que merecem muita atenção do indivíduo que irá se submeter à essa cirurgia.

O que é transplante renal?

O transplante renal ou transplante dos rins atualmente é a melhor forma de tratamento para pacientes portadores de insuficiência renal crônica em sua fase terminal, estando em diálise peritoneal, hemodiálise ou fase pré-dialítica, sendo considerado uma opção completa e efetiva para que os pacientes possam ter melhor qualidade de vida, já que o novo órgão é capaz de executar suas funções normalmente, como filtrar as toxinas encontradas no sangue como a amônia, ureia e ácido úrico.

O rim transplantado dura para sempre?

Não existe um tempo de duração estabelecido após o transplante de rim. Em alguns pacientes, o órgão transplantado funciona por mais de 10 anos, já em outros casos, o tempo de funcionamento do rim não é tão extensa.

Existem alguns fatores relacionados ao paciente receptor que influenciam diretamente sobre a vida útil do órgão, como o número de transfusões de sangue, histórico de transplantes anteriores, irregularidades ocorridas durante o procedimento cirúrgico, assim como no órgão doado, também irão interferir na duração do desempenho do rim no corpo humano, além do uso adequado dos imunossupressores.

O rim transplantado está sujeito a ser atingido por algumas doenças que podem causar alterações em suas funções. Dentre essas enfermidades, podemos citar as infecções urinárias, obstruções da via de saída de urina e rejeições aguda ou crônica (quando o organismo do paciente não “reconhece” o rim recebido). Cada situação merece ser tratada de maneira inerente e o quanto antes for iniciado o tratamento, maiores serão as chances de manter o bom funcionamento do rim.

Quais as vantagens e desvantagens do transplante renal?

Não podemos falar que existem desvantagens em relação ao transplante de rim, afinal, trata-se do método mais eficiente para o tratamento da doença renal crônica. Porém, embora seja a melhor opção, essa terapia renal substitutiva, assim como os demais outros procedimentos voltados para a substituição da função renal, também possuem suas vantagens e alguns fatores que precisam ser considerados antes de realizar a cirurgia. Diante disso, iremos especificar quais são eles.

Vantagens

O transplante renal é o tratamento indicado para pessoas que têm insuficiência renal crônica e que não tenham contraindicação para realizá-lo. Existem várias vantagens, como liberdade de estar em casa, sem precisar estar três vezes por semana em hemodiálise. A principal vantagem é que você passa a ter um rim que funciona, permitindo que as impurezas sejam eliminadas através da urina todos os dias. A realização do transplante de rim varia de acordo com a situação clínica de cada indivíduo, não sendo indicado para pessoas que possuem alguma doença cardíaca, do fígado ou infecciosas pois pode aumentar as complicações durante o procedimento. O transplante é feito por meio de uma cirurgia indicada pelo médico nefrologista após uma série de exames de sangue, de urina e imagem que avaliam a necessidade do tratamento.

Desvantagens

A medicação contínua pode ser considerada uma desvantagem para muitas pessoas, por exigir muita disciplina do transplantado em tomar as medicações rotineiras sem interrupções. Essa medida é importante na retenção da ação do sistema imunológico, evitando o risco de ele atacar o órgão que foi transplantado, no caso o rim. Essa providência é fundamental para que não haja rejeição do órgão pelo organismo.

O cuidado REDOBRADO com a saúde também é um fator imprescindível ao paciente transplantado, para todo o restante da vida. Será preciso monitorar suas condições clínicas, alimentação, hábitos e estilo de vida, para manter o organismo equilibrado e o bom funcionamento das funções renais. Aqueles que não estão acostumados em ter bons hábitos no cotidiano, poderão apresentar maiores dificuldades no início, pois será necessário adotar uma rotina mais saudável.

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Nosso Nefrologista da NefroClínicas Brasília, Dr. Luiz Roberto, explica um pouco sobre como funciona e as vantagens do transplante de rim.

Quais as complicações mais comuns pós transplante renal?

Infecções são comuns após o transplante de rim. Existem alguns fatores que merecem a atenção do paciente transplantado, afinal, trata-se de um procedimento muito delicado que requer inúmeros cuidados no pós-operatório.

Primeiro mês

• Infecção hospitalar (Possíveis infecções adquiridas durante o processo de internação)
• Complicações cirúrgicas ou problemas adversos que ocorrem durante o procedimento
• Infecções relacionadas ao doador

Em até um ano

• Infecção urinária
• Pneumonia
• Citomegalovírus
• Poliomavírus
• Criptococose
• Pneumocistose

Após um ano

• Infecção urinária
• Complicações cirúrgicas ou problemas adversos que ocorrem durante o procedimento
• Infecções relacionadas ao doador

Em casos de qualquer complicação ou sintoma, conforme informado, procure seu médico Nefrologista para que seja feita a devida análise clínica e, se necessário, dar início ao tratamento adequado.

Quais são os cuidados pós transplante renal?

É importante que, após o transplante de rim, o paciente previna infecções com a devida higienização das mãos, dos alimentos e deixando em dia a carteira de vacina. Neste caso, é essencial procurar seu médico caso apresente qualquer sintoma como febre, tosse, dor de cabeça, diarreia, entre outros que serão informados pelo seu médico nefrologista.

O uso de medicamentos imunossupressores é necessário para prevenir a rejeição do órgão no organismo após o transplante, embora cause alguns efeitos colaterais, como aumento da pressão arterial, assim como os níveis sanguíneos de potássio, colesterol e triglicéride e ganho de peso devido ao aumento do apetite.

É comum também que alguns pacientes tenham que se adequar a uma dieta para controlar o potássio na alimentação após o transplante até que os níveis sanguíneos estejam normalizados. O tempo e a dieta variam de pessoa para pessoa e deverá ser determinada e acompanhada pelo nutricionista, juntamente com o médico responsável pela cirurgia.

Quem não pode doar rim?

Pessoas portadoras de doenças infecciosas incuráveis e câncer generalizado ou doenças que podem causar o comprometimento da função dos órgãos ao decorrer da sua evolução, assim como aqueles que não possuem documento de identidade, menores de 18 anos e maiores de 90 anos também são excluídos do direito de realizar o transplante renal. Esse diagnóstico é confirmado através de uma série de exames requeridos após uma consulta com o médico nefrologista.

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