Hemodiafiltração: O que é, como funciona, quais os benefícios e indicações?

9 de junho de 2022

Pessoas portadoras de doenças renais crônicas necessitam de algum método substitutivo. Dentre as opções terapêuticas, podemos citar a diálise peritoneal, transplante renal, hemodiálise e a hemodiafiltração, também conhecida como HDF. Este último consiste em um procedimento mais eficiente que garante a eliminação de impurezas, até então não removidas pela hemodiálise. Neste texto você poderá compreender mais sobre esse tratamento que garante a melhora na qualidade de vida do paciente. Para introduzirmos o tema, é importante entendermos de fato o que é terapia renal substitutiva e os seus benefícios ao paciente renal que se submete a esse tipo de tratamento.

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O que é terapia renal substitutiva?

A terapia renal substitutiva é um tratamento responsável por suprir as funções dos rins em pacientes que manifestam a falência da função renal aguda ou crônica, uma vez que o órgão doente não está sendo capaz de executá-las. As técnicas terapêuticas compreendem a diálise peritoneal, transplante renal, hemodiálise e hemodiafiltração. Essa alternativa geralmente é indicada e acompanhada pelo médico nefrologista a partir de exames que avaliam o estado clínico do paciente e suas necessidades que podem variar de acordo com a atual condição da sua função renal. Seu principal objetivo é retirar os líquidos e toxinas do organismo, como a ureia e creatinina, além de corrigir alterações no ph, sódio, potássio sanguíneo, excesso de água e sais minerais, possibilitando a redução dos sintomas como ausência de apetite, inchaço e falta de ar. Nesta leitura, iremos aprofundar sobre o método hemodiafiltração e suas características.

O que é hemodiafiltração?

Também conhecido como HDF, a hemodiafiltração é uma modalidade de terapia renal substitutiva nascida no início dos anos 2000, na qual combina duas formas de filtragem: difusão e convecção. Essa técnica consiste na utilização de um filtro específico através de uma máquina capaz de remover as toxinas existentes no organismo do paciente em maior volume, que normalmente não são retiradas pela hemodiálise convencional. Esse método de terapia é mais eficiente pelo fato de exercer uma pressão mais forte capaz de “arrastar” essas substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea. Por ser uma modalidade relativamente nova no tratamento dialítico, a hemodiafiltração utiliza de altos recursos tecnológicos e oferece maior qualidade de vida para pacientes portadores da doença renal crônica. Especialistas afirmam que essa terapia é a que mais se aproxima das funções fisiológicas de um rim “normal” e proporciona maior conforto ao paciente por não apresentar algumas complicações em comparação com as demais terapias renais substitutivas, como quedas bruscas de pressão arterial, dores de cabeça, náuseas e fadiga durante as sessões, além de possuir menos restrições nutricionais.

Nossa nefrologista da unidade de Belo Horizonte, Dra. Marisa França, explica um pouco sobre a hemodiafiltração. Confira!

Como funciona a hemodiafiltração?

Antes de entendermos a ação da hemodiafiltração, é importante lembrarmos como funciona o processo da hemodiálise, uma vez que, ambos os procedimentos são semelhantes. Na hemodiálise, o sangue é retirado por uma agulha específica do corpo através de uma via de acesso vascular (fístula arteriovenosa ou cateter venoso), geralmente inserido nos braços por um cateter(tubo) e bombeado por uma máquina de hemodiálise para um dialisador. Esse equipamento é responsável por filtrar as impurezas encontradas no sangue e devolvê-lo purificado ao corpo do paciente. A diálise também pode ser feita por meio de um cateter, inserido em alguma veia do pescoço, tórax ou virilha com anestesia local.

Na hemodiafiltração, é utilizado o filtro (dialisador) que permite captar e remover as toxinas de maior porte, enquanto as menores voltavam para a corrente sanguínea do paciente. Porém, na hemodiafiltração de alto volume, ao contrário da hemodiálise, consiste na utilização de uma máquina de melhor tecnologia, onde é capaz de retirar tais impurezas menores de circulação do organismo, sobretudo as de tamanhos maiores, assim como uma maior quantidade de líquidos de uma só vez, sendo reposto durante a terapia. Desta forma, para que esse processo seja possível, necessita-se que o equipamento seja mais potente, visto que, devido ao corpo não suportar a saída de tanto sangue, mesmo que de forma temporária, a máquina precisa infundir uma água ultrapura ao organismo do paciente durante o processo. Ou seja, todo esse volume de água removido em excesso é devolvido instantaneamente durante a sessão da hemodiafiltração.

Quantas vezes por semana é preciso fazer hemodiafiltração?

Assim como na hemodiálise, o tratamento de hemodiafiltração pode ser feito de três a seis vezes por semana. Essa regularidade varia conforme a condição atual do paciente e suas necessidades. Vale destacar a importância de agendar uma consulta com o médico nefrologista para que seja feita uma avaliação clínica do paciente. Seguir as orientações do profissional é imprescindível para que o tratamento ocorra de maneira eficaz e segura. A NefroClínicas dispõe de uma equipe de nefrologistas gabaritados e de referência no mercado. Agende sua consulta e receba um atendimento ímpar da maneira que você e quem você ama merecem.

Quem pode fazer hemodiafiltração?

A hemodiafiltração não é aconselhada para qualquer tipo de paciente que realizam outros métodos de diálise. Esse tratamento é indicado para pessoas que apresentam as seguintes condições:

  • Maior risco cardiovascular e insuficiência cardíaca
  • Hiperfosfatemia não controlada, ou seja, excesso de fósforo no organismo
  • Amiloidose e polineuropatia por acúmulo de toxinas urêmicas
  • Instabilidade hemodinâmica durante a diálise
  • Anemia associada a inflamação
  • Pacientes sem possibilidade de transplante renal

Para isso, é fundamental seguir as recomendações do seu nefrologista para que ele possa examinar sua condição clínica e indicar o tratamento mais adequado.

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Quais os benefícios da hemodiafiltração?

A hemodiafiltração traz avanços na terapia dialítica e utiliza de mecanismos tecnológicos, dado que esse procedimento foi desenvolvido no início dos anos 2000. No entanto, pacientes portadores de insuficiência renal crônica usufruem de alguns benefícios e confortos pelo motivo dessa técnica se aproximar mais das funções fisiológicas de um rim saudável. Dentre alguns benefícios, podemos citar:

  • Melhor controle da pressão arterial
  • Redução do risco de doença óssea, anemia, inflamação e desnutrição
  • Alimentação menos restritiva
  • Melhor qualidade de vida
  • Menos efeitos colaterais do que a diálise comum
“Na prática, para pacientes com indicação de hemodiafiltração, como por exemplo alguns cardiopatas, ela é uma terapia que proporciona uma boa tolerância à retirada de volume durante a diálise com menos intercorrências e maior bem-estar.”
Dra. Marisa França
Nefrologista - NefroClínicas Belo Horizonte-MG

Para entender mais sobre a hemodiafiltração, agende uma consulta com algum dos nossos nefrologistas de acordo com a sua região e tire suas dúvidas. Temos unidades em 4 estados brasileiros, sendo todas referências no segmento da nefrologia.

Além da hemodiafiltração, quais as outras terapias renais substitutivas?

Diálise peritoneal – A diálise peritoneal é uma técnica utilizada no estágio 5D da insuficiência renal crônica, ou seja, na fase mais avançada da doença. Uma das principais vantagens desse procedimento é a possibilidade de ser realizada em domicílio, sem necessidade de se deslocar para um hospital ou clínica especializada em nefrologia. Em situações em que o paciente se encontra dependente de alguém para prestar assistência, o processo pode ser executado por um cuidador (diálise peritoneal assistida) ou algum familiar em sua residência. Nestes casos, o paciente e o seu acompanhante recebem um treinamento para que o tratamento seja realizado com segurança e eficácia. Esse treinamento deve ser bastante rigoroso e abrange alguns procedimentos, como lavar as mãos antes de tocar nos cateteres, limpeza diária dos seus locais de saída, utilizar máscaras cirúrgicas ao realizar as trocas, verificar as bolsas de solução, além de manter o local higienizado para evitar possíveis infecções. Na diálise peritoneal é inserido um cateter na cavidade abdominal do paciente por meio de uma cirurgia local, geralmente por mini-laparotomia ou percutânea. A solução de diálise é embutida na cavidade peritoneal e depois drenada. Após a solução entrar em contato com o sangue, as substâncias encontradas na corrente sanguínea como ureia, creatinina e potássio são removidas, tal como o excesso de líquido que não está sendo eliminado pelo rim.

Entenda um pouco mais sobre a diálise peritoneal com a nossa nefrologista, Dra. Joyce Paresoto.

Hemodiálise – Ao contrário da diálise peritoneal, onde é possível a execução em domicílio, a hemodiálise necessita que o indivíduo faça diretamente no hospital ou clínica especializada em nefrologia, em acompanhamento dos profissionais da saúde como um todo. Na hemodiálise, o sangue é retirado por uma agulha especial do corpo através de uma via de acesso vascular (fístula arteriovenosa ou cateter venoso), geralmente inserido nos braços por um cateter(tubo) e bombeado por uma máquina de hemodiálise para um dialisador. Esse equipamento é responsável por filtrar as impurezas encontradas no sangue e devolvê-lo purificado ao corpo do paciente. A diálise também pode ser feita por meio de um cateter, inserido em alguma veia do pescoço, tórax ou virilha com anestesia local.

Nossa nefrologista da unidade de Brasília, Dra. Emmanuela Teles, explica o que é e como é feita a hemodiálise. Confira!

Transplante renal – O transplante renal ou transplante dos rins atualmente é a melhor forma de tratamento para pacientes portadores de insuficiência renal crônica em sua fase terminal, estando em diálise peritoneal, hemodiálise ou fase pré-dialítica, sendo considerado uma opção completa e efetiva para que os pacientes possam ter melhor qualidade de vida, já que o novo órgão é capaz de executar suas funções normalmente, como filtrar as toxinas encontradas no sangue como a amônia, ureia e ácido úrico, conforme dito anteriormente. Essa terapia é feita mediante a doação do órgão partindo de um doador vivo sem qualquer doença, não havendo exigência de relação com o paciente, ou de um doador falecido. Porém, neste último caso, a doação só poderá ser feita após a confirmação da morte encefálica, ou seja, morte causada pela perda irreversível e completa das funções do cérebro. Seguindo esses quesitos, é possível fazer o transplante caso a família do finado concorde e autorize que o procedimento seja feito. O rim do doador é retirado em conjunto com uma porção da artéria, veia e ureter através de uma cirurgia no abdômen. Posteriormente, o órgão é inserido em um recipiente, as porções da veia e artéria são ligadas às veias e artérias do paciente receptor enquanto o ureter transplantado é ligado à sua bexiga. O sangue do doador será cruzado com um dos receptores da fila de transplante e aquele paciente que for compatível com o órgão disponível irá receber o rim.

Saiba como funciona o transplante renal e quais são as suas vantagens com o nosso nefrologista, Dr. Luiz Gustavo.

Escolha sua terapia renal substitutiva e entenda mais!

Assim como a hemodiafiltração, as demais terapias renais substitutivas são responsáveis por suprir as funções dos rins em pacientes que apresentam falência da sua função renal aguda ou crônica. O tratamento é indicado pelo médico nefrologista após uma consulta na qual será solicitado uma bateria de exames para avaliar a situação clínica do paciente e dos seus rins. Posteriormente, será determinado qual o método de terapia mais adequado ao paciente. Se você apresenta algum sintoma de lesão renal ou conhece alguém que se encontra nessa situação, agende sua consulta com algum dos nossos nefrologistas e não deixe que essa condição cause maiores problemas em sua vida.

Qual é melhor: hemodiálise ou hemodiafiltração?

Conforme mencionado, a hemodiafiltração é uma técnica mais efetiva e possui algumas vantagens em relação a hemodiálise. A principal delas é a capacidade de remover maior volume de líquidos e impurezas, promovendo uma limpeza mais minuciosa. O filtro utilizado nessa técnica apresenta poros maiores e grandes volumes de líquido são trocados entre a máquina e o paciente para otimizar a retirada de escórias. Isso explica a grande diferença dela em relação à tradicional hemodiálise, que é sua capacidade de retirar uma maior quantidade de toxinas do corpo aplicando-se a técnica da convecção, além da difusão.

Isso se dá por conta da infusão em alto volume da solução com a água ultrapura, acarretando mais pressão durante o processo de filtragem realizada pela máquina da hemodiafiltração que detém de tecnologias mais avançadas. Esse procedimento evita casos de queda da pressão arterial que normalmente ocorrem durante sessões a hemodiálise, causadas pela redução da quantidade de sangue no organismo do paciente, dentre outros benefícios, como melhora na qualidade de vida, menor restrição nutricional e maior disposição física.

Confira a explicação da nossa nefrologista, Dra. Marisa França, sobre a diferente entre hemodiálise e hemodiafiltração.

Onde fazer hemodiafiltração?

Geralmente as sessões de hemodiafiltração são feitas em hospitais e clínicas especializadas em nefrologia. Se você procura por um local que possa cuidar dos seus rins e melhorar sua qualidade de vida, está no lugar certo! Basta agendar sua consulta e você receberá um atendimento individualizado de acordo com a sua atual condição clínica.

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