NefroClínicas promove campanha de conscientização sobre o Setembro Amarelo
O mês de setembro é conhecido como “Setembro Amarelo”, uma campanha global onde o principal objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde mental e da prevenção do suicídio. Em quase uma década do seu início no Brasil, o tema da campanha deste ano é “se precisar, peça ajuda”, e busca quebrar o estigma em torno do assunto, promovendo o diálogo aberto sobre saúde mental e suicídio, oferecer informações e apoio para aqueles que precisam de ajuda.Embora essa iniciativa esteja associada a questões emocionais e psicológicas que afetam a sociedade em geral, é crucial também considerar a saúde mental daqueles que enfrentam condições crônicas, como doenças renais e a necessidade de algum método de diálise.Por isso, a NefroClínicas preparou este material para tirar todas as suas dúvidas e esclarecer sobre a importância da saúde mental e o autocuidado na vida das pessoas em tratamento de insuficiência renal, além do papel de atuação da psicologia neste cenário.
Como surgiu o Setembro Amarelo?
O "Setembro Amarelo" surgiu em 1994 nos Estados Unidos, quando o jovem Mike Emme de 17 anos cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo, e no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas contendo frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais e psicológicos. Desde então a fita amarela é utilizada como símbolo da ação em todos os países.A campanha ganhou notoriedade mundial e foi importada ao Brasil em 2014, quando o Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), adotou a campanha e a adaptou para a realidade brasileira.Desde a sua criação, o Setembro Amarelo tem mobilizado diversos setores da sociedade, incluindo governos, instituições de saúde, escolas, organizações não governamentais e indivíduos, para trabalharem juntos nesta causa. Eventos, palestras, caminhadas e campanhas de mídias sociais são algumas das formas pelas quais essa iniciativa busca alcançar e educar a população e a NefroClínicas
Saúde mental e diálise
A saúde mental em indivíduos diagnosticados com a doença renal crônica (DRC) ou que apresentam quadros clínicos que necessitem de algum método de terapia renal substitutiva, como diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração ou transplante renal, infelizmente ainda é pouco explorado, principalmente por parte de quem está sob o tratamento. Na prática, esses procedimentos, invariavelmente, afetam no cotidiano do paciente, uma vez que, para sua execução, é necessário sessões semanais com durações que variam conforme o método estabelecido pelo médico Nefrologista. Com exceção da diálise peritoneal, onde existe a opção de o tratamento ser seguido em domicílio, ele precisa se deslocar até a clínica de Nefrologia para realizá-los.Dito isso, a rotina de uma pessoa em terapia de substituição renal implica em uma série de fatores que vão muito além da doença, na qual incluem, aspectos emocionais, econômicos, sociais, familiares e interferem em questões de privacidade e do próprio espaço. Existe ainda o motivo da expectativa de tempo do tratamento ser algo indefinido e, em grande maioria dos casos, é definitivo.O paciente dialítico está sujeito a diversas alterações em sua vida pessoal que podem causar desconforto, mudanças de humor, aborrecimentos, estresse e outro sentimentos. Essas alterações incluem modificações nos hábitos alimentares, rotinas medicamentosas e principalmente, a criação de novas relações de dependência, seja pelos amigos, familiares, a equipe médica responsável pelo tratamento e até mesmo as máquinas de diálise. Todo esse processo exige muita força de vontade, dedicação, capacidade de adequação, equilíbrio, controle de suas próprias emoções e especialmente, SAÚDE MENTAL por parte do indivíduo.
A importância do psicólogo para pacientes renais
O Psicólogo é uma das especialidades indispensáveis para ajudar o paciente a se adaptar e compreender a insuficiência renal. Ele irá trabalhar em conjunto com os demais membros dentro da clínica de Nefrologia para oferecer um atendimento completo e humanizado, a fim de trazer mais, saúde mental, qualidade de vida e eficácia no tratamento renal. O profissional da Psicologia irá atuar não somente com os pacientes em terapias renais substitutivas, como também aqueles que estão em tratamento conservador.
Dentre as técnicas para manejo das demandas psicológicas nesse contexto, diversas condutas são adotadas para realização do acompanhamento psicológico, como a psicoeducação, manejo de sintomas psicológicos, acolhimento familiar, auxiliar tanto o paciente quanto seus familiares a atravessar esse processo de uma forma que promova cuidados integrais com a saúde, apoio psicológico, entre outros métodos que objetivem a promoção da qualidade em seu tratamento.
Aos familiares dos pacientes em tratamento, a psicologia busca proporcionar o acolhimento das demandas psicológicas e emocionais, manejo de demandas e necessidades do paciente e da família, visando aumentar seu bem-estar e equilíbrio, atendimento integral em conjunto com a equipe multiprofissional, dentre outras ações.
Buscar entender as funções mentais e o comportamento humano é uma tarefa difícil, e quando se trata de pacientes em hemodiálise ou qualquer outro tratamento renal, essa missão se torna ainda mais desafiadora. Portanto, nós da NefroClínicas, selecionamos cuidadosamente por profissionais que estejam aptos a seguir conosco nesta missão de transmitir carinho, acolhimento e zelar pela saúde mental de quem sofre com a perda da função renal, em conjunto com os demais da nossa equipe multidisciplinar, atuando dentro das suas respectivas áreas de atividade.
Saiba mais: https://nefroclinicas.com.br/psiconefrologia-qual-o-papel-do-psicologo-na-doenca-renal-cronica/
Autocuidado
O autocuidado trás consigo inúmeros benefícios para a qualidade de vida a qualquer pessoa, desde a aspectos físicos quanto emocionais. Em aqueles que sofrem com a perda da função renal, essa prática se torna mais importante, uma vez que o mesmo se submete a diversas alterações que podem variar entre fatores fisiológicos e emocionais causadas pela doença e o processo de diálise em si.Para pacientes com doenças renais que fazem diálise, o autocuidado envolve uma série de medidas essenciais que podem fazer a diferença entre uma vida saudável e complicações causadas pela doença. Aqui estão algumas dicas importantes para isso.
Controle da dieta
Uma dieta adequada é essencial para pacientes com doenças renais, onde é preciso monitorar de perto a ingestão de certos nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo e sequência do tratamento.
Higiene e prevenção de infecções
Manter uma boa higiene, incluindo o cuidado com o acesso vascular utilizado durante a hemodiálise, ajuda a prevenir infecções e outras complicações, além de proporcionar mais bem-estar ao paciente.
Atividade física e estilo de vida saudável
Adotar um estilo de vida saudável, incluindo a prática frequente de atividade física, diminui o risco de agravamento da doença renal e melhora a qualidade de vida em geral.
Medicação
Tomar os medicamentos conforme prescrição médica para melhora do tratamento renal, controle da pressão arterial, anemia e outras condições relacionadas que possam trazer maiores complicações.
Gestão da saúde mental
O autocuidado não se limita apenas aos aspectos físicos. Pacientes renais enfrentam desafios emocionais significativos. Aprender a controlar o estresse, buscar apoio emocional e manter uma atitude positiva é crucial para o seu bem-estar mental.Essas práticas diárias não apenas melhoram o bem-estar físico e emocional, mas também podem desempenhar um papel crucial para a saúde o sucesso do tratamento. É importante entender as limitações e particularidades de cada paciente, no entanto, somente o médico nefrologista, juntamente a equipe multidisciplinar poderá fazer as devidas instruções e recomendações.
Ações de setembro amarelo na NefroClínicas
A NefroClínicas abraçou a campanha de Setembro Amarelo e promoveu diversas ações nas unidades ao redor do Brasil para conscientizar colaboradores, pacientes e seus familiares sobre os cuidados com a saúde mental e a busca por ajuda psicológica quando necessário. Foram distribuídos folders com práticas de autocuidado aos pacientes, cartões com informações importantes sobre a campanha, dinâmicas nos salões de hemodiálise, brindes e muito mais!https://www.youtube.com/watch?v=fHlj6Q8rfvA&t=3sConfira esse belo vídeo produzido pelas psicólogas do Grupo NefroClínicas para a campanha de Setembro Amarelo.
Se precisar, peça ajuda!
Setembro Amarelo nos lembra que a saúde mental é uma parte vital da saúde geral de qualquer pessoa, independentemente de sua condição médica. Portanto, devemos apoiar, educar e promover a conscientização sobre a saúde mental em todas as comunidades, incluindo aquelas que enfrentam desafios únicos, como os pacientes renais em hemodiálise. Isso pode fazer uma diferença significativa em suas vidas, melhorando sua qualidade de vida e proporcionando um apoio crucial durante sua jornada de tratamento.É muito importante ressaltar que a conversa e a escuta são fatores essenciais. O desabafo, o choro e a tristeza fazem parte, não somente do tratamento da condição em si, mas também do acompanhamento psicológico que a abrange. Você não está sozinho nessa batalha, nós do Grupo NefroClínicas estaremos sempre ao seu lado para te apoiar, acolher e cuidar da sua saúde mental. Para isso, nosso time de Psicólogos está de prontidão para te acompanhar durante todo o seu tratamento, assim como seus familiares. Se você está sob algum método de diálise, tratamento conservador ou acabou de ser diagnosticado com a doença e sente a necessidade de conversar com alguém para te auxiliar, procure nossos profissionais da psicologia pois somente eles possuem esse dom, a arte da escuta, da empatia e do cuidado com a nossa saúde mental.Pedir ajuda é um sinal de força, não de fraqueza. Para isso, você pode conversar com algum voluntário do CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo número 188 de todo o território nacional 24h por dia de forma gratuita, entrar no site www.cvv.org.br, acionar os serviços de saúde mental da sua cidade, ligar para o SAMU ou procurar algum ponto de atendimento e hospitais da sua região.
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