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Fístula para hemodiálise: o que é e por que é o acesso vascular mais indicado

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Quando falamos em acesso vascular na hemodiálise, a escolha entre fístula arteriovenosa e cateter pode influenciar diretamente a segurança, a eficácia do tratamento e a qualidade de vida de quem convive com a Doença Renal Crônica (DRC). Embora muitas vezes negligenciado, esse aspecto técnico é estratégico — e humano. No episódio mais recente do podcast Papo Renal, especialistas e uma paciente compartilham experiências reais que revelam como o tipo de acesso impacta o dia a dia e o futuro de quem precisa de diálise.

Fístula arteriovenosa ou cateter: qual o melhor acesso vascular para hemodiálise?

A fístula arteriovenosa é considerada o padrão ouro para pacientes em hemodiálise. Isso porque oferece maior segurança, menor risco de infecção e maior durabilidade em comparação ao cateter, que é muitas vezes utilizado de forma provisória — e, em alguns casos, acaba se tornando permanente por falta de planejamento ou orientação adequada.

A conexão vascular cirúrgica feita entre uma artéria e uma veia cria um acesso durável e seguro para a hemodiálise. O cateter é um tubo flexível inserido numa veia central, usado normalmente de forma temporária. Enquanto a fístula oferece maior resistência, menor risco de infecções e maior durabilidade, o cateter apresenta maior risco de complicações, como infecções e trombose, sendo menos indicado para uso prolongado.

Segundo o Dr. Daniel Couto, cirurgião vascular parceiro da NefroClínicas, “a fístula é a conexão entre uma veia e uma artéria, criando um caminho robusto para a circulação sanguínea necessária durante a hemodiálise. Mas não se trata apenas de fazer uma cirurgia. Trata-se de acompanhar, cuidar e, quando necessário, intervir para manter essa via funcionando com qualidade.”

Uma das principais vantagens do acesso permanente é o menor risco de infecções graves. Como o acesso temporário fica inserido diretamente em uma veia central, ele pode facilitar a entrada de bactérias na corrente sanguínea, aumentando a chance de complicações. Já a fístula, por ser uma conexão natural entre artéria e veia criada cirurgicamente, apresenta menos pontos de vulnerabilidade, resultando em menor risco de infecções.

Além disso, a fístula tem maior durabilidade e resistência ao longo do tempo, permitindo sessões de hemodiálise mais eficientes e confortáveis. O cateter apresenta maior risco de entupimento, deslocamento ou trombose, enquanto o acesso arteriovenoso, com cuidados adequados, pode durar anos, diminuindo a necessidade de cirurgias frequentes.

Outro benefício importante é a qualidade do fluxo sanguíneo. A fístula permite uma circulação mais robusta, facilitando a depuração adequada do sangue durante a diálise. Isso contribui para um tratamento mais eficaz e melhora a saúde geral do paciente.

Por esses motivos, especialistas indicam que a fístula seja a primeira opção sempre que viável. Embora a fístula seja geralmente a alternativa mais recomendada para o acesso vascular, nem sempre ela é possível para todos os pacientes. O mais importante é buscar orientação médica especializada e realizar os exames necessários para avaliar qual opção é mais adequada para cada caso, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

Quer entender em detalhes como funcionam os dois tipos de acesso, seus cuidados e principais diferenças? Acesse nosso conteúdo completo sobre fístula e cateter para hemodiálise.

Rins Policísticos: o caminho de Mariana na NefroClínicas

A história de Mariana Amado, paciente da NefroClínicas em São Luís (MA), é um retrato vivo da diferença que a abordagem centrada na pessoa pode fazer. Diagnosticada com rins policísticos aos 12 anos, ela relata como resistiu à proposta inicial de iniciar a diálise com um cateter de urgência. “Disse que não iria começar naquele momento. Eu precisava entender, me preparar e escolher com consciência. E foi isso que encontrei na NefroClínicas”, conta.

Com orientação multiprofissional, Mariana passou por um tratamento ultraconservador até estar pronta para iniciar a diálise com a fístula já madura. “Ver uma fístula funcionando antes de fazer a minha foi essencial. Eles me mostraram como seria, e isso me deu segurança.

Fortalecendo o cuidado da fístula na hemodiálise

A fístula exige atenção constante. Lívia Juliana, Enfermeira Nefrologista da NefroClínicas São Luís, destaca o papel ativo do time de enfermagem: “Orientamos o paciente desde antes da cirurgia até os cuidados no dia a dia. Eles aprendem a identificar o frêmito (vibração sentida na fístula que indica circulação sanguínea), os sinais de alerta e a comunicar qualquer mudança. Isso faz toda a diferença.”

Essa abordagem integrada é parte do modelo de cuidado da NefroClínicas: olhar para a jornada do paciente, não apenas para a doença. Com o suporte de tecnologias modernas — como a técnica de maturação assistida utilizada por Dr. Daniel — e o envolvimento direto do paciente em seu próprio tratamento, o grupo tem ampliado a qualidade e a segurança do tratamento dialítico.

Cuidados com a fístula: como prevenir complicações na hemodiálise

Problemas como estenose (estreitamento do vaso) e trombose (formação de coágulos) podem surgir, mas hoje há formas eficazes de intervir precocemente e evitar perdas de acesso por meio de exames e diagnósticos especializados. “A fístula, como toda intervenção, pode apresentar falhas. Mas com acompanhamento regular e diagnóstico precoce, conseguimos preservar esse acesso e evitar complicações graves, como infecções ou a necessidade de cateteres”, explica Dr. Daniel.

Para garantir a longevidade da fístula e a segurança do paciente em hemodiálise, é fundamental seguir algumas práticas de prevenção e monitoramento contínuo. Entre as principais ações estão:

  • Avaliação clínica frequente: O paciente deve ser acompanhado regularmente por uma equipe especializada para identificar sinais iniciais de estenose  ou trombose.
  • Exames de imagem periódicos: Ultrassonografia Doppler e outras técnicas permitem avaliar o fluxo sanguíneo e detectar alterações na fístula antes que se tornem graves.
  • Cuidados com a higiene local: Manter o local da fístula sempre limpo e seco ajuda a prevenir infecções, uma das principais causas de falha no acesso vascular.
  • Educação do paciente: Orientar sobre como reconhecer sinais de alerta, como dor, inchaço, alteração do frêmito ou vermelhidão, e a importância de comunicar imediatamente qualquer mudança.
  • Intervenções minimamente invasivas: Em casos de estenose, técnicas como angioplastia (procedimento minimamente invasivo usado para desobstruir a fístula sem cirurgia), podem desobstruir o vaso, evitando a necessidade de nova cirurgia ou uso de cateteres temporários.
  • Acompanhamento multiprofissional: A integração entre cirurgiões vasculares, enfermeiros, nefrologistas e técnicos garante um cuidado integral e individualizado, essencial para o sucesso do tratamento.

Com esse acompanhamento cuidadoso e o uso de tecnologias modernas, como as adotadas pela NefroClínicas, é possível preservar a fístula e garantir um tratamento de hemodiálise mais seguro e eficiente. Identificou algum sinal diferente na sua fístula? Procure ajuda especializada imediatamente.

Acesso vascular: um cuidado estratégico e humano na hemodiálise

Escolher o acesso vascular ideal é uma decisão estratégica que influencia diretamente a segurança, o conforto e a qualidade de vida de quem faz hemodiálise. Para isso, é fundamental contar com uma equipe preparada, empática e comprometida com o cuidado individualizado. Procure orientação especializada. Encontre a unidade NefroClínicas mais próxima e receba uma orientação individualizada sobre o melhor acesso vascular para o seu caso.

Na NefroClínicas, unimos tecnologia, conhecimento e acolhimento para que cada paciente percorra esse caminho com mais tranquilidade. Em caso de dúvidas sobre o melhor acesso, procure uma equipe especializada. Sua saúde é nossa prioridade.

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