Hemodiálise, diálise peritoneal e transplante: Saiba tudo a respeito do tratamento renal
É nítido que o tratamento renal gera muitas dúvidas, principalmente por quem foi recém diagnosticado com a insuficiência renal ou aqueles que suspeitam de alguma possível condição que afeta os rins. E quando falamos sobre tratamento renal, não podemos deixar de falar sobre os métodos de terapias renais substitutivas, ou seja, a diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração e o transplante renal.Em meio a milhares de sites disponíveis pela internet afora, é comum depararmos com informações incompletas ou equivocadas sobre este tema. No entanto, pensando em trazer um conteúdo rico em informações seguras e facilitar o entendimento no assunto por parte de quem mais precisa, preparamos um material completo com todo cuidado necessário, contendo vídeos feitos pelos nossos nefrologistas e devida aprovação médica, a fim de fornecer ao leitor, conteúdos de qualidade sobre as terapias renais substitutivas. Neste artigo, você entenderá afundo sobre cada uma delas. O que são, como são feitas, diferenças, pós, contras, depoimentos de pacientes que se submeteram a elas, inclusive ao transplante renal, e muito mais!
Preparados? Então vamos lá!
O que é terapia renal substitutiva?
Bom, para introduzirmos esse tema, primeiramente é importante partirmos do conceito deste tratamento em si. A terapia renal substitutiva é um tratamento responsável por suprir as funções dos rins em pacientes que manifestam a falência dafunção renal aguda ou crônica. As técnicas terapêuticas compreendem adiálise peritoneal,transplante renal,hemodiálisee hemodiafiltração. Essa alternativa geralmente é indicada e acompanhada pelo médico nefrologista a partir de exames que avaliam o estado clínico do paciente e suas necessidades que podem variar de acordo com a atual condição da sua função renal. Seu principal objetivo é retirar os líquidos e toxinas do organismo, como aureiaecreatinina, além de corrigir alterações no ph, sódio, potássio sanguíneo, excesso de água e sais minerais, possibilitando a redução dos sintomas como ausência de apetite, inchaço e falta de ar.
Quais são os tipos de terapia renal substitutiva?
Entenda um pouco mais sobre cada terapia renal substitutiva e como são feitas:
Diálise Peritoneal
É uma técnica de substituição renal geralmente utilizada no estágio 5D dainsuficiência renal crônica(onde a taxa de filtração glomerular (TFG) é inferior a 15 ml/min, impossibilitando o rim de exercer seu funcionamento básico), a fase mais avançada da doença. Em ocasiões de insuficiência renal aguda grave, é mais rara a utilização desse tratamento, sendo mais apropriado a hemodiálise e as técnicas dialíticas contínuas como a hemofiltração venovenosa em situações mais agudas. Como todo procedimento de substituição renal, esse método também possui suas vantagens e desvantagens. Para entender quais são,clique aquie saiba mais.
Como é feita a Diálise Peritoneal?
O processo ocorre no peritônio do paciente e tem como objetivo substituir a sua função renal. A diálise peritoneal é responsável por remover as impurezas e excessos de líquido no sangue, com auxílio de um filtro natural chamado peritônio. Ele consiste em uma membrana porosa e semipermeável que cobre os principais órgãos do abdômen. O espaço entre esses órgãos é chamado de cavidade peritoneal. Em primeiro momento, um pequeno e fino tubo denominado cateter é implantado pela parede abdominal próximo ao umbigo por meio de uma pequena cirurgia, com anestesia local, até a cavidade peritoneal, de maneira indolor e permanente. O processo em geral é iniciado de 10 a 14 dias após a implantação do cateter. Em alguns casos específicos, ele pode ser antecipado iniciando a terapia em até 24h, dependendo da gravidade e necessidade clínica do paciente. A utilização do cateter permite, após este período, a passagem da solução de diálise até a cavidade peritoneal, realizando a drenagem em contato com o sangue, levando consigo as toxinas como a ureia, creatinina, potássio e o excesso de líquido no corpo em casos de dificuldade da função natural dos rins.Há dois tipos de diálise peritoneal: A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua e a Diálise Peritoneal Automatizada.Para saber mais sobre elas, clique aqui.https://www.youtube.com/watch?v=3PeAsLC9iHUNossa nefrologista da NefroClínicas Brasília, Dra. Joyce Paresoto, fala um pouco sobre a diálise peritoneal.
Hemodiálise
A hemodiálise é um método que realiza a função dos rins em nosso corpo, retirando as todas assubstâncias tóxicas, água e sais minerais pelo auxílio de um equipamento chamado dialisador. Naturalmente, os rins é que exercem esse papel fundamental no corpo humano, limpando e eliminando por meio daurina, as impurezas do organismo. Porém, uma vez que esse órgão está comprometido devido a doença, a hemodiálise age como um “rim artificial” e executa tais funções.Clique aquie conheça tudo sobre a hemodiálise!
Como é feita a Hemodiálise?
Ahemodiálise é realizada por uma máquina que exerce o papel de filtrar o sangue, eliminando os resíduos prejudiciais à saúde, tais como o excesso de sal e de líquidos, uma vez que os rins doentes estão incapazes de realizar. Esse procedimento também é capaz de controlar a pressão arterial e manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina no organismo. Neste procedimento, o sangue é retirado por uma agulha especial do corpo através de uma via de acesso vascular (fístula arteriovenosa ou cateter venoso), geralmente inserido nos braços por um cateter (tubo) e bombeado por uma máquina para um dialisador, também chamado de rim artificial. Esse equipamento é responsável por filtrar as impurezas encontradas no sangue e devolvê-lo purificado ao corpo do paciente. A diálise também pode ser feita por meio de um cateter, inserido em alguma veia do pescoço, tórax ou virilha com anestesia local. A essa solução presente nos cateteres embutidos no paciente possui as mesmas concentrações que o sangue, realizando a difusão e capazes de eliminar essas toxinas.Ao contrário dadiálise peritoneal,onde é possível a execução em domicílio, a hemodiálise necessita que o indivíduo faça diretamente no hospital ou clínica especializada em nefrologia, em acompanhamento dos profissionais da saúde como um todo. As sessões normalmente são semanais e variam dependendo do estado clínico do paciente após a análise da sua gravidade feita pelo nefrologista, mas, geralmente são realizadas no mínimo 3 vezes por semana e com duração de aproximadamente 3 ou 4 horas por sessão para pacientes cominsuficiência renal crônica. Sendo assim, para cada indivíduo deve-se estabelecer o tempo de diálise, o tipo e tamanho do dialisador, fluxo do sangue e o número de sessões semanais.Saiba mais: https://nefroclinicas.com.br/o-que-e-hemodialise-e-como-funciona/https://www.youtube.com/watch?v=8LqF1F_ju3wSe você quer entender mais sobre como é feita a hemodiálise, assista esse vídeo da nossa nefrologista, Dra. Emmanuela Teles.
Hemodiafiltração
Também conhecido como HDF, a hemodiafiltração é uma modalidade de terapia renal substitutiva nascida no início dos anos 2000, na qual combina duas formas de filtragem: difusão e convecção. Essa técnica consiste na utilização de um filtro específico através de uma máquina capaz de remover as toxinas existentes no organismo do paciente em maior volume, que normalmente não são retiradas pela hemodiálise convencional. Esse método de terapia é mais eficiente pelo fato de exercer uma pressão mais forte capaz de “arrastar” essas substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea. Por ser uma modalidade relativamente nova no tratamento dialítico, a hemodiafiltração utiliza de altos recursos tecnológicos e oferece maior qualidade de vida para pacientes portadores da doença renal crônica. Especialistas afirmam que essa terapia é a que mais se aproxima das funções fisiológicas de um rim “normal” e proporciona maior conforto ao paciente por não apresentar algumas complicações em comparação com as demais terapias renais substitutivas, como quedas bruscas de pressão arterial, dores de cabeça, náuseas e fadiga durante as sessões, além de possuir menos restrições nutricionais.
Como é feita Hemodiafiltração?
Nahemodiafiltração, é utilizado o filtro (dialisador) que permite captar e remover as toxinas de maior porte, enquanto as menores voltavam para a corrente sanguínea do paciente. Porém, na hemodiafiltração de alto volume, ao contrário da hemodiálise, consiste na utilização de uma máquina de melhor tecnologia, onde é capaz de retirar tais impurezas menores de circulação do organismo, sobretudo as de tamanhos maiores, assim como uma maior quantidade de líquidos de uma só vez, sendo reposto durante a terapia. Desta forma, para que esse processo seja possível, necessita-se que o equipamento seja mais potente, visto que, devido ao corpo não suportar a saída de tanto sangue, mesmo que de forma temporária, a máquina precisa infundir uma água ultrapura ao organismo do paciente durante o processo. Ou seja, todo esse volume de água removido em excesso é devolvido instantaneamente durante a sessão da hemodiafiltração.Saiba mais: https://nefroclinicas.com.br/hemodiafiltracao-o-que-e-como-funciona-quais-os-beneficios-e-indicacoes/https://www.youtube.com/watch?v=kq2duSFu0rgNeste vídeo, a nefrologista da NefroClínicas BH, Dra. Marisa França, fala sobre a hemodiafiltração. Confira e entenda!
Transplante renal
O transplante renal ou transplante dos rins atualmente é a melhor forma de tratamento para pacientes portadores deinsuficiência renal crônicaem sua fase terminal, estando emdiálise peritoneal,hemodiáliseou fase pré-dialítica, sendo considerado uma opção completa e efetiva para que os pacientes possam ter melhor qualidade de vida, já que o novo órgão é capaz de executar suas funções normalmente, como filtrar as toxinas encontradas no sangue como a amônia,ureiae ácido úrico, conforme dito acima.
Como é feito o transplante renal?
O transplante renal é realizado mediante a doação do órgão partindo de um doador vivo sem qualquer doença, não havendo exigência de relação com o paciente, ou de um doador falecido. Porém, neste último caso, a doação só poderá ser feita após a confirmação da morte encefálica, ou seja, morte causada pela perda irreversível e completa das funções do cérebro. Seguindo esses quesitos, é possível fazer o transplante caso a família do finado concorde e autorize que o procedimento seja feito.O rim do doador é retirado em conjunto com uma porção da artéria, veia e ureter através de uma cirurgia no abdômen. Posteriormente, o órgão é inserido em um recipiente, as porções da veia e artéria são ligadas às veias e artérias do paciente receptor enquanto o ureter transplantado é ligado à sua bexiga. O sangue do doador será cruzado com um dos receptores da fila de transplante e aquele paciente que for compatível com o órgão disponível irá receber o rim.A realização do transplante de rim varia de acordo com a situação clínica de cada indivíduo, não sendo indicado para pessoas que possuem alguma doença cardíaca, do fígado ou infecciosas pois pode aumentar as complicações durante a cirurgia.Após o procedimento, o paciente permanece no hospital ou na clínica de nefrologia responsável pelo gerenciamento do transplante, onde será monitorado pela equipe de enfermagem e pelo médico nefrologista para acompanhamento e observação do estado de evolução do paciente, além do surgimento de possíveis complicações, em alguns casos.Saiba mais: https://nefroclinicas.com.br/transplante-renal-o-que-e-e-quando-e-indicado-para-pacientes-com-doencas-dos-rins/https://www.youtube.com/watch?v=e-WqsjLknW0&t=1sNeste vídeo, o nefrologista Dr. Luiz Roberto, explica um pouco sobre como funciona e as vantagens do transplante renal.
Qual a diferença entre diálise peritoneal e hemodiálise?
Mesmo após aprofundarmos sobre cada método de terapia renal substitutiva, iremos especificar sobre as diferenças entre a diálise peritoneal e a hemodiálise, afinal, essa pergunta é muito frequente entre os pacientes. Ambas as opções possuem a finalidade de realizar a filtração do sangue e controle de líquidos presentes no corpo. Mas, a forma como elas são realizadas e os efeitos que cada uma possui sobre o organismo são distintos e portanto, é importante se informar para que não ocorram dúvidas sobre tais procedimentos.Conforme informado acima, adiálise peritoneal é o procedimento que pode ser feito em domicílio, sem necessidade de realizá-lo na clínica de nefrologia ou hospital e consiste na inserção de um cateter pelacavidade abdominal do paciente. O tubo infunde um soro denominado “solução de diálise” que permite a absorção das impurezas por meio do peritônio, membrana que cobre os órgãos abdominais. A filtragem é feita diretamente pelo cateter, enquanto inserido no abdômen do paciente.Ahemodiálise, em termos práticos, é um procedimento caracterizado pelo bombeamento do sangue por meio de um dialisador, aparelho responsável pela extração das toxinas presentes no organismo. Essa máquina realiza a filtragem do sangue pelo mesmo equipamento utilizado na diálise peritoneal, o cateter. Porém, ao invés de ser introduzido no abdômen, ele é colocado em uma veia do pescoço, tórax ou virilha do paciente e ligado ao dialisador, sucedendo o processo de recebimento do sangue e retirada das impurezas. Após a filtração, o sangue é “devolvido” limpo por meio de um acesso vascular. O tempo necessário da hemodiálise varia de acordo com a condição do indivíduo, em geral, sendo entre duas e quatro vezes por semana de 3 a 5 horas por dia. Diferente da diálise peritoneal, a hemodiálise precisa ser feita em hospitais ou clínicas especializadas em nefrologia.
Qual a melhor terapia renal substitutiva?
Essa pergunta só pode ser respondida pelo médico nefrologista, baseado em uma consulta onde será solicitado os exames necessários para avaliar o estado clínico e particularidades de cada paciente. Aqui na NefroClínicas, oferecemos um tratamento completo e humanizado que vai da prevenção ao cuidado intensivo, promovendo saúde e qualidade de vida ao paciente que evolui com a perda da função renal a ponto de precisarem de algum método de diálise ou transplante de rim.https://www.youtube.com/watch?v=_9yIyjeIAi8Para responder essa pergunta, convidamos nosso nefrologista da NefroClínicas Ipanema, Dr. Tiago Ribeiro.Todos os pacientes que necessitam de diálise peritoneal ou hemodiálise precisam de acompanhamento pelo nefrologista, nutricionista e enfermagem, sendo importante também a atuação dos membros restantes do corpo clínico, como o psicólogo e o serviço social, em casos de necessidade. Se houver mais dúvidas sobre esses tratamentos, marque uma consulta com o seu médico nefrologista para que ele possa esclarecer todas as suas dúvidas e fazer as orientações necessárias antes de iniciar o tratamento.Agende sua consulta
Quais doenças que levam à terapia renal substitutiva?
Nem todos aqueles que possuem doença renal precisarão fazer diálise. Pelo fato de a doença renal crônica evoluir de forma lenta e progressiva, essa condição permite que os estágios durem anos, em alguns casos. Os estágios da DRC são baseados naTaxa de Filtração Glomerular (TFG), que se refere ao volume de sangue que o rim é capaz de filtrar. Nesse sentido quando o órgão está saudável, essa taxa varia entre 90 a 130ml de sangue por minuto.Em outras palavras, para definir a Taxa de Filtração Glomerular, verifica-se o nível de creatinina no sangue do paciente. Clique aqui e entenda os cinco estágios da doença renal crônicahttps://www.youtube.com/watch?v=WiVHppsBk9wNessa live, nosso nefrologista e diretor de ensino, Dr. José Neto e o nefrologista da NefroClínicas São Luís, Dr. Flávio Barros, conversaram sobre como deve ser uma abordagem ampla do paciente com problemas renais, visando retardar e impedir a progressão da doença. Confira pois foi um bate papo muito interessante!Na insuficiência renal aguda a incapacidade de filtrar instala-se de forma abrupta e pode ser decorrente de uma infecção grave, uma nefrite ou mesmo por conta do uso de um medicamento. Nessa situação, a disfunção pode ser temporária e o quadro é potencialmente reversível. Apesar isso muitas das vezes está associada a quadros muito graves e pode inclusive contribuir para a morte. Já na insuficiência renal crônica a lesão vem ocorrendo ao longo de anos. Nessa situação não há cura e a pessoa com essa doença na forma terminal deve fazer um tratamento que substitua os rins e possibilite a manutenção da vida. Esse deve ser feito, na maioria dos casos, pelo resto da vida.As opções são: transplante renal, diálise peritoneal, hemodiálise e hemodiafiltração. A escolha é baseada na individualidade de cada pessoa.Leia mais: https://nefroclinicas.com.br/insuficiencia-renal-cronica-sintomas-qualidade-de-vida-tratamento-e-rede-de-apoio/https://www.youtube.com/watch?v=J7_AJDvANxINeste vídeo, você irá conhecer um pouco da emocionante história do Dirceu, paciente transplantado da NefroClínicas que descobriu sua condição através de exames que identificaram alterações na pressão arterial.
Quais os sintomas de doenças renais?
É essencial que todas as pessoas busquem acompanhamento médico anualmente para realizar exames de rotina e certificar que o funcionamento do organismo está adequado, especialmente os rins. Porém, existem sinais e sintomas a serem observados que podem evidenciar se o sistema renal está desempenhando corretamente suas funções. Confira abaixo quais são:
- Enjoos
- Vômitos
- Pressão arterial alterada
- Incômodo ao urinar
- Anemia
- Fraqueza
- Inchaço nos pés, tornozelos e olhos
- Alteração na cor da urina
- Aumento do volume urinário noturno
- Sensação de cansaço e calafrio
- Perda de apetite
- Falta de ar
Onde encontrar os melhores nefrologistas para iniciar o tratamento?
Se você busca por uma clínica que te atenda e te acompanhe em todas as etapas do tratamento, a NefroClínicas está à disposição para te oferecer um atendimento multidisciplinar para pacientes renais, através de um acompanhamento médico com os Nefrologistas mais renomados do cenário nacional da nefrologia , nutricional,psicológico,serviço sociale umaequipe de Enfermagemfortemente preparada com os melhores profissionais do mercado. Além de, equipamentos de tecnologia e conforto que irão fornecer todas as informações necessárias para a eficácia do tratamento. Ou seja, o lugar apropriado para te oferecer amelhor experiência em Nefrologia do Brasil! Não deixe para amanhã e agende sua consulta, afinal, o quanto antes for feito o diagnóstico da condição e dar início ao tratamento adequado, menores serão as complicações futuras.
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