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Potássio e insuficiência renal: Por que o potássio faz mal para os rins?

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O potássio é, muitas vezes, visto como mistério por grande parte dos pacientes portadores da Doença Renal Crônica. Por se tratar de um mineral com grande presença nos alimentos que consumimos diariamente, muitas vezes ele pode ser ingerido mesmo de forma involuntária. Porém, o que muitas pessoas não sabem, é que ele pode SIM causar complicações a aqueles que sofrem com a perda da função renal.Não é novidade para ninguém, porém é muito importante ressaltar que, na Insuficiência Renal, os rins não conseguem mais executar suas funções básicas e reduzem a capacidade de filtração do sangue, ou seja, toxinas e substâncias com potenciais nocivos, como a ureia, amônia e o famoso POTÁSSIO não são eliminados da corrente sanguínea e causam o acúmulo destes no organismo.Se você quer saber quais são as funções dos rins, clique aqui.

“Mas Doutor, qual o problema de acumularmos potássio no sangue?”

Essa é a pergunta que não quer calar, afinal, quando ouvimos falar do “potássio”, a primeira coisa que pensamos é sobre seus benefícios para o bom funcionamento do nosso corpo, células e músculos. Aliás, por ser um mineral presente em tantos alimentos saudáveis, como a banana, batata, brócolis, tomate, couve, espinafre e entre outros, inevitavelmente pensamos que não existe problemas em consumi-los, mesmo que em excesso. Porém, quando falamos sobre os pacientes com Insuficiência Renal, a história muda um pouco.Continue a leitura e aprenda tudo sobre a relação deste mineral com o organismo do paciente renal e como ele atua em nosso corpo. Ele realmente faz mal para os rins?De início, antes de respondermos a pergunta que te fez acessar este texto, é importante entendermos de fato a função do potássio para o funcionamento do nosso corpo.

Qual a função do Potássio no organismo?

Quando pensamos em minerais importantes para a nossa saúde, o potássio sem dúvidas, é um dos primeiros da lista. Responsável principalmente para o bom desempenho dos músculos, sistema cardiovascular e fortalecimento dos ossos, o potássio é necessário para o funcionamento adequado das células e auxilia diretamente na contração muscular, bem como para o equilíbrio do pH no sangue. Além de contribuir para o desenvolvimento dos músculos e síntese proteica, sua falta pode causar cãibras e dores musculares.O equilíbrio dos níveis potássio é feito pelo próprio organismo, na medida em que consumimos através dos alimentos e das bebidas que contém eletrolíticos. Rins saudáveis são capazes de filtrar o excesso do nutriente, sendo eliminado principalmente pela urina e também no trato digestivo e no suor. Esse excesso que mencionamos se torna um problema quando a pessoa possui alguma doença que afeta os rins, a ponto de eles não conseguirem mais fazer esse papel de filtragem.

O que o excesso de potássio pode causar?

Apesar do potássio ser muito importante para o bom funcionamento do nosso corpo por atuar diretamente para o desempenho correto do sistema nervoso, cardíaco, muscular e manter o equilíbrio do pH no sangue, tanto o excesso quanto a falta desse nutriente podem causar algumas complicações em nosso organismo. O aparecimento de sintomas, problemas de saúde que podem variar desde a fadiga em excesso, alterações no batimento cardíaco, desmaios, dentre outros, estão dentre essas complicações. Abaixo iremos falar um pouco mais sobre isso.O excesso deste mineral no sangue é chamado de hipercalemia ou hiperpotassemia (maior que 5,0 mmo/L). Em níveis mais elevados pode causar sintomas como redução dos batimentos cardíacos, palpitações, fraqueza muscular, dormências e vômitos. Já quando nível excedente é leve, geralmente não provoca nenhum sintoma. O excesso do potássio geralmente é causado pela Insuficiência Renal, diabetes tipo 1, uso de medicamentos diuréticos ou maiores sangramentos.https://www.youtube.com/watch?v=n066tocBMTENosso nutricionista da NefroClínicas BH, Ricardo de Magalhães, explica a função do potássio no organismo voltado ao paciente em tratamento renal.

O que a falta de potássio pode causar?

Também conhecido como hipocalemia ou hipopotassemia (menor que 3,5 mmo/L), essa condição trata-se de um transtorno hidroeletrolítico que geralmente acomete pessoas que se encontram em internações e hospitalizações, por conta da diminuição na ingestão de alimentos fontes deste nutriente. Outro fator que contribui com a diminuição do potássio é sua eliminação excessiva pela urina ou trato gastrointestinal. Sua falta pode causar fraqueza, câimbras musculares, formigamento, arritmia cardíaca, dormência e distensão abdominal. As principais causas desse problema é o uso de insulina, salbutamol ou teofilina, períodos de vômitos e diarreia prolongados, hipertireoidismo, hiperaldosteronismo, uso crônico de laxantes, síndrome de Cushing e escassez nutricional.O diagnóstico para avaliar os níveis de potássio no sangue é feito por meio de exames de sangue, urina, eletrocardiograma ou gasometria arterial. Desta forma, o tratamento mais adequado a ser utilizado será mediante ao resultado dos exames e recomendação médica. É importante destacar que cada tipo de condição necessita de um método de tratamento específico. https://www.youtube.com/watch?v=HBit7eqDs5sApesar de não identificar os níveis de potássio no organismo, o exame de Creatinina é um dos métodos mais utilizados para avaliação da função renal. No entanto, neste vídeo, nosso Nefrologista da unidade de Ipanema-RJ, Dr. Jadilson Pereira, fala um pouco sobre este exame. 

Para saber mais sobre o exame de Creatinina, clique aqui!

Porque o potássio faz mal para os rins?

Se você está interessado em saber essa resposta, finalmente chegamos no tópico mais aguardado deste texto. Afinal, porque o potássio faz mal para os rins?Mencionamos anteriormente que o excesso de potássio no sangue pode causar a hipercalemia, condição resulta de diversos problemas. Em pacientes renais, essa complicação se torna mais severa. É sempre importante enfatizar novamente que uma das funções dos rins é a capacidade de filtragem do sangue para eliminação das toxinas e substâncias nocivas para o organismo. Por conta da insuficiência renal, o rim afetado reduz a prática de executar esse papel, e por consequência, causa o acúmulo do potássio no sangue. Por conta disso, todo paciente com doença renal crônica deve ter cuidados para manter os níveis de potássio no sangue dentro dos valores apontados como normais, sendo eles de 3,5 a 5,5 mEq/L.Portanto, é essencial o acompanhamento conjunto do médico Nefrologista e do Nutricionista para que seja feita devido entendimento do caso clínico do paciente, a fim de evitar maiores complicações causadas pela hipercalemia.

Quem faz hemodiálise pode comer potássio?

A dieta para pacientes renais crônicos é um fator predominante no tratamento, entretanto, é nítida a necessidade da elaboração de um plano alimentar pelo nutricionista responsável, atendendo de forma individualizada cada paciente. Aqueles que estão em hemodiálise, precisam se atentar ao consumo de alimentos gordurosos e pesados, sendo um aspecto extremamente prejudicial para os rins, principalmente aos pacientes renais.Dentre tais alimentos prejudiciais citados, aqueles com alto teor de potássio e os industrializados, na qual possuem conservantes e são grandes fontes de fósforo merecem ser restritos da dieta do paciente. No entanto, deve-se dar preferência a alimentos com baixo teor deste nutriente, como maçã, uva, pêssego, abacaxi e morango.Lembrando que, cada paciente possui suas particularidades, portanto, em hipótese nenhuma se você possui doença renal crônica, deve-se criar uma dieta baseado apenas em sites da internet. Ou seja, após a descoberta da doença renal, o próximo passo é consultar seu nutricionista para que ele estabeleça um plano alimentar de acordo com seu estado clínico, conforme analisado pelo médico nefrologista.Leia mais: https://nefroclinicas.com.br/31-de-marco-dia-da-saude-e-nutricao/https://www.youtube.com/watch?v=8LqF1F_ju3wConheça um pouco sobre a Hemodiálise com a nossa Nefrologista da unidade de Brasília-DF, Dra. Emmanuela Teles.

Além da Hemodiálise, existem outros métodos de terapias renais substitutivas. Escolha alguma das opções abaixo e entenda mais!

Diálise PeritonealHemodiáliseHemodiafiltraçãoTransplante Renalhttps://www.youtube.com/watch?v=zcc-IED1v2ENeste vídeo, o Diretor Médico do Grupo NefroClínicas e Nefrologista, Dr. Fernando Lucas, fala um pouco sobre as modalidades que compõem as terapias renais substitutivas. Não deixe de conferir.Se você busca por uma clínica que te atenda e te acompanhe em todas as etapas do tratamento, a NefroClínicas está à disposição para te oferecer um atendimento multidisciplinar para pacientes renais, através de um acompanhamento médico, nutricional, psicológico, serviço social e uma equipe de Enfermagem fortemente preparada com os melhores profissionais do mercado. Além de, equipamentos de tecnologia e conforto que irão fornecer todas as informações necessárias para a eficácia do tratamento. Ou seja, o lugar apropriado para te oferecer a melhor experiência em Nefrologia do Brasil!Agende sua consulta

Bom, agora que você conheceu um pouco mais sobre as terapias renais substitutivas e o exame de creatinina, daremos sequência neste conteúdo sobre o potássio. 

Quais alimentos contém muito potássio?

Já dizemos que alimentos fontes de potássio possuem inúmeros benefícios para o nosso organismo, porém, se tratando de pacientes renais crônicos, é necessário que seja feita restrição e acompanhamento do nutricionista. Contudo, para que você possa se informar um pouco mais, listaremos abaixo alguns alimentos com alto teor e baixo teor de potássio. Confira:

Frutas com alto teor de potássio:

  • Abacate
  • Água de coco
  • Açaí
  • Banana nanica
  • Banana prata
  • Damasco
  • Fruta-do-conde
  • Figo
  • Graviola
  • Jaca
  • Uva passa
  • Goiaba
  • Kiwi
  • Laranja pera ou baiana
  • Mamão
  • Maracujá
  • Melão
  • Mexerica ou tangerina
  • Nectarina
  • Uva
  • Ameixa seca
  • Damasco

Outros alimentos com alto teor de potássio:

  • Grãos: feijão, ervilha, grão de bico, soja
  • Oleaginosas: nozes, avelã, amendoim, amêndoa, castanhas, pinhão
  • Sal dietéticos ou light
  • Café solúvel
  • Chocolate

Quais alimentos contém pouco potássio?

Frutas com baixo teor de potássio

  • Abacaxi
  • Acerola
  • Ameixa fresca
  • Banana maçã
  • Caju
  • Caqui
  • Laranja lima
  • Jabuticaba
  • Lima da pérsia
  • Limão
  • Maçã
  • Manga
  • Morango
  • Melancia
  • Pêssego
  • Pitanga
  • Pêra

Verduras

  • Alface
  • Agrião
  • Almeirão
  • Cenoura
  • Escarola
  • Repolho
  • Pimentão
  • Pepino

Legumes

(Apresenta baixo teor de potássio se forem cozidos em água fervente e desprezando a água da fervura)
  • Abóbora
  • Abobrinha
  • Acelga
  • Batata
  • Berinjela
  • Brócolis
  • Beterraba
  • Chuchu
  • Couve-flor
  • Couve-manteiga
  • Espinafre
  • Mandioca
  • Mandioquinha
  • Vagem
  • Quiabo

Quem tem insuficiência renal pode comer potássio?

É importante se atentar às necessidades adotadas para cada tipo de paciente. Para aqueles que já apresentam insuficiência renal crônica (IRC) e são submetidos a diálise através das terapias renais substitutivas (Hemodiálise, Hemodiafiltração e Diálise Peritoneal) é necessário ter cuidado com alimentos ricos em potássio, pois podem causar cãibras, fraqueza muscular e até mesmo arritmias cardíacas, assim como informamos anteriormente. O fósforo é outro elemento comumente observado, pois junto com o cálcio, ele auxilia na saúde dos ossos. Seu excesso no organismo pode causar coceira e fraqueza nos ossos. A ingestão proteica deve ser controlada, isso porque, níveis elevados de proteína podem elevar a ureia e causar sintomas como náuseas, vômitos e falta de apetite.https://www.youtube.com/watch?v=mUb4YsY-iKISe estamos falando sobre alimentação, não poderíamos deixar que abordar a obesidade e sua relação com a doença renal. Desta forma, entenda um pouco neste vídeo com a nossa nutricionista Isis Oliveira, sobre como esse fator está diretamente associado às doenças renais. Por isso, a alimentação equilibrada é fundamental para evitar esse problema, seja em indivíduos afetados pela doença dos rins, com as devidas restrições alimentares elaborados pelo nutricionista ou até mesmo aqueles que desejam prevenir contra a condição. 

É possível recuperar a função renal?

Agora que você já está melhor informado sobre como o potássio age no organismo do paciente renal ou não doentes, é importante falarmos um pouco sobre a função dos rins. Será que é possível recuperar a função renal?Muito bem, o tratamento visa atacar a causa da insuficiência renal e corrigir complicações inerentes ao quadro. Entre as medidas tomadas para esse tratamento estão a medicação e uma alimentação controlada. Essa dieta permite que a pressão arterial seja controlada e diminua no sangue a concentração de ureia que os rins não conseguem mais filtrar.https://www.youtube.com/watch?v=jwDDVsWRvh0"Ureia? O que é isso?" Saiba o que é e o que fazer nos casos em que os níveis dessa substância estão altos, neste vídeo do Nefrologista e Diretor de Ensino do Grupo NefroClínicas, Dr. José Neto.Entenda mais:https://nefroclinicas.com.br/o-que-e-ureia/Os medicamentos também ajudam a controlar a pressão arterial, ajudam a produzir hormônios que os rins não estão mais conseguindo e para aliviar os sintomas que começam a aparecer.Existem também as recomendações básicas, válidas para todos as pessoas, como praticar regularmente atividades físicas, manter um peso ideal, evitar tabaco e álcool e ingerir bastante líquido. O volume de água varia de pessoa para pessoa, dependendo da quantidade de urina eliminada.Casos como anemia e problemas nos ossos devem ser monitorados constantemente. O uso de vitamina D e cálcio podem ser uteis em certas situações. Mas em casos onde a doença é mais grave, é necessário fazer ahemodiálise, na qual são eliminados os tóxicos presentes no sangue.Leia mais: https://nefroclinicas.com.br/ha-como-recuperar-a-perda-da-funcao-dos-rins/

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