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Hidratação no verão: Por que o paciente renal não pode beber muita água?

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No verão é comum sentirmos mais sede, afinal, devido as altas temperaturas, nosso corpo tende a transpirar mais e consequentemente nos faz beber maiores quantidades de água. Mas, se tratando da pessoa que possui insuficiência renal, esse cenário pode mudar um pouco. Por conta das restrições que abrangem essa condição principalmente na alimentação, aqueles que sofrem com a perda da função renal precisam se adequar em certas ocasiões. Neste texto, iremos falar sobre a hidratação no verão.

Em meio a tantas oportunidades de viagens para praia, confraternizações entre amigos e familiares como churrascos, passeio no clube e várias outras atividades ao ar livre que ajudam a “fugir” do calor de casa e se refrescar, é inevitável sentir mais sede que o normal. E já que o paciente renal não pode ingerir muitos líquidos, qual a solução para não desidratar em épocas de calor intenso, sobretudo no início do ano?

Se você possui alguma doença que afeta os rins ou conhece alguém que se enquadre nessa situação, continue conosco para que você possa definitivamente se informar sobre como se hidratar adequadamente no verão, qual a quantidade certa de líquidos a serem ingeridos diariamente, além de dicas para diminuir e saciar a sede. Tudo isso, sem precisar dispensar do que gosta na sua dieta.

Como beber água na insuficiência renal?

A restrição no consumo de água em pacientes com insuficiência renal é maior, em comparação com as pessoas que não possuem essa condição. Devido a disfunção dos rins causar a diminuição na produção de urina, a ingestão de líquidos gera o seu acúmulo no organismo, uma vez que o órgão não consegue exercer suas funções básicas, como a eliminação dos resíduos tóxicos pela própria urina. Sendo assim, é necessário que o paciente renal se atente na quantidade de água a ser ingerida.

Geralmente, a recomendação é que os indivíduos que possuem insuficiência renal bebam cerca de 2 a 3 copos de 200ml contendo água ou outro líquido (que não seja prejudicial para a saúde do paciente), somando ao volume de urina eliminado no dia. Ou seja, se a pessoa urina 700ml em um dia, ele poderá beber essa mesma quantidade de água, somando mais 600ml no máximo.

Mas essa orientação pode variar de acordo com o estilo de vida de cada paciente e alguns fatores climáticos. Isto é, atividades físicas, clima da cidade em que o mesmo reside e atividades rotineiras que exigem esforço a ponto de provocar transpiração, podem interferir nessa contabilização. Portanto, a quantidade ideal de líquido que o paciente pode beber é determinada pelo médico nefrologista ou nutricionista responsável pelo tratamento renal do paciente. Essa análise pode ser feita por meio do exame clearance de creatinina em que é possível identificar a função renal, assim como a capacidade dos rins filtrarem os líquidos do corpo. Clique aqui e saiba mais sobre o exame de creatinina.

Mas porque aqueles que possuem insuficiência renal e se submetem a algum método de diálise, não se pode beber muita água? Pois bem, antes de mais nada, é importante dizermos que quando nos referimos a “água”, não quer dizer que o paciente renal necessariamente precisa se limitar apenas ao consumo de água, e sim, também dos outros demais líquidos como sucos, chás, entre outros.

Apesar de anteriormente ter sido informado sobre o motivo da restrição no consumo de líquidos em que o paciente renal é sujeito, a explicação foi breve, no entanto, abaixo iremos falar um pouco mais sobre essa condição.

Por que quem faz diálise não pode beber muita água?

Bom, antes de respondermos essa pergunta, daremos uma breve introdução sobre os tratamentos em que o paciente renal é submetido, para facilitar o seu entendimento sobre o assunto. A diálise são os métodos responsáveis por suprir as funções dos rins em pacientes que manifestam a falência da função renal aguda ou crônica. Esse tratamento renal é composto pela diálise peritoneal, hemodiálise e hemodiafiltração. Já as terapias renais substitutivas compõem essas três técnicas, mas também é incluso o transplante renal, na qual é doado um novo rim ao corpo da pessoa, feito por um doador vivo ou falecido, desde que esteja dentro dos requisitos necessários para realizar a cirurgia.

Para saber tudo sobre cada uma das terapias renais substitutivas, clique em algum dos botões abaixo e se informe melhor:

Diálise peritoneal Hemodiálise Transplante renal Hemodiafiltração

O principal objetivo destes tratamentos é retirar os líquidos e toxinas do organismo, como a ureia e creatinina, além de corrigir alterações no ph, sódio, potássio sanguíneo, excesso de água e sais minerais, possibilitando a redução dos sintomas como ausência de apetite, inchaço e falta de ar. Visto que, o órgão afetado não está sendo capaz de exercer tais funções, esse problema pode acarretar na diminuição da produção de urina (alguns até mesmo não urinam). Portanto, essa água ingerida fica acumulada nos tecidos do corpo até ser removida na próxima sessão de diálise. Para isso, é recomendado que os pacientes renais não bebam muita água, para evitar a progressão da doença, tais como, inchaços, aumento da pressão arterial e edema agudo no pulmão.

Muitas pessoas passam boa parte da vida com algum tipo de doença renal, mas por ser assintomática, na maioria dos casos as pessoas acabam buscando médicos e especialistas apenas quando ela já está em um estado mais avançado. Ou seja, esse diagnóstico tardio acaba complicando o tratamento, tornando a recuperação do paciente mais demorada ou mesmo impossibilitando a recuperação em sua plenitude.

Como o paciente renal deve se hidratar no verão?

Com a chegada do verão, a necessidade de hidratação constante aumenta, porém, como informamos acima, o consumo em excesso de líquidos pode ser algo perigoso para pacientes em diálise. Mas para evitar esses excessos e mesmo assim saciar sua sede para assegurar uma hidratação adequada, é recomendável dar prioridade para água (ou saborizadas com frutas), chás naturais e evitar bebidas com um alto nível de açúcar e conservantes, propiciando o aumento da sede. E quando estamos no verão, essa necessidade pode dobrar ainda mais, por conta da transpiração que o calor provoca. Vamos citar abaixo algumas medidas que irão auxiliar nesse processo.

Dicas para diminuir a sede no verão:

  • Comer frutas geladas
  • Optar por beber líquidos gelados
  • Fazer bochecho com água
  • Mastigar pequenas quantidades de gelo para matar a sede
  • Molhar os lábios quando necessário
  • Tentar respirar mais pelo nariz que pela boca

Dicas de alimentos e bebidas que se pode EVITAR, por causar mais sede principalmente no verão:

  • Alimentos muito salgados e doces
  • Refeições líquidas como sopas e caldos
  • Bebidas ricas em açúcar (Ex: refrigerantes e refrescos artificiais)
  • Ter moderação na água de coco (por ser uma bebida rica em potássio)

Garrafas graduadas em mililitros podem auxiliar no controle do volume de bebida consumida. Portanto, é um item indispensável para quem precisa dessa restrição na ingestão de líquidos, no caso os pacientes renais. Outra boa maneira de controlar o consumo de líquidos, porém nem sempre acessível, é evitar a exposição em excesso ao sol, afinal, na grande maioria dos dias de verão, fugir do sol se torna uma tarefa quase impossível.

https://www.youtube.com/watch?v=BY_twpPZWLA&t=3s

A nefrologista da NefroClínicas BH, Dra. Bárbara Campolina, falou um pouco sobre esse tema.

Devido as orientações serem feitas de forma individualizada, é necessário sempre a conversa com um nutricionista e com o médico nefrologista para esclarecer todas as dúvidas e não comprometer sua saúde e qualidade de vida.

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Mas já que falamos sobre o sol, antes de darmos sequência no conteúdo, entendemos que é importante aprofundarmos um pouco mais sobre esse assunto por ser uma dúvida muito frequente entre os pacientes com disfunção renal.

Quem tem insuficiência renal pode tomar sol?

Apesar da vitamina D possuir vários benefícios para a saúde do paciente renal, é preciso ter cautela quanto a exposição solar para não trazer prejuízos à pele e a sua saúde de modo geral. No entanto, geralmente, é recomendado em média apenas cinco ou dez minutos de exposição direta ao sol. Nisso, o corpo absorve cerca de 3000 UI (unidade de medida internacional para vitaminas e hormônios). Essa quantidade ajuda no fortalecimento dos ossos, dentes, pele e ajuda a aumentar a imunidade. Apesar dos benefícios do sol para a saúde do paciente renal, é imprescindível o uso do protetor solar em todo corpo, não esquecendo de regiões como nuca e pés, sendo recomendado para o rosto algum com FPS maior.

Bateu vontade de viajar para a praia? Falamos sobre recomendações que o paciente renal precisa aderir ao viajar para a praia ou qualquer outro destino, desde orientações, trâmites necessários para solicitar o serviço de diálise em trânsito, cuidados e muito mais! Clique aqui e entenda.

Todas as medidas devem ser indicadas pelo seu médico nefrologista, considerando o estado clínico e as particularidades de cada paciente. Entretanto para evitar que ocorra alguma complicação quanto aos raios solares, é importante conversar com o seu médico, pois somente ele poderá passar as devidas recomendações, prezando sempre pelo cuidado, saúde e bem-estar.

Existe bebida proibida para o paciente renal?

Na NefroClínicas, prezamos pela adequação, ou seja, o paciente não precisa eliminar definitivamente alguma bebida da sua dieta, desde que ele saiba dosar as quantidades ideais para evitar excessos e comprometer a sua saúde. Para isso, nosso corpo clínico é preparado com as devidas qualificações necessárias que se enquadram aos nossos propósitos e atuam de forma que possa atender cada paciente de maneira individualizada, buscando entender todas as suas particularidades para desenvolver o melhor plano alimentar, com base nas necessidades e limitações de cada um. Isso só é possível de acontecer por meio de um atendimento humanizado para que o paciente se sinta acolhido e cuidado por todos os profissionais que fazem parte do time NefroClínicas, sendo um dos principais valores que integram nosso grupo.

O que precisamos frisar é que os pacientes que possuem restrição no consumo de líquido, tudo que for ingerido precisa ser contabilizado. Assim como explicamos anteriormente, essa restrição irá depender de uma série de fatores, como a frequência em que o sujeito faz hemodiálise, nível de diurese, atividades da rotina e exercícios físicos que consequentemente causam muita transpiração, entre outras. Isto é, cada condição possui sua peculiaridade que precisa ser tratada diretamente junto ao médico e nutricionista a partir da análise rigorosa da história e exames.

Porém, é importante lembrar que, nestes casos em que a pessoa possui essa limitação, ele precisa se atentar em não exagerar na ingestão de líquido para não chegar mais pesado na próxima sessão de hemodiálise, visto que, antes de cada sessão é feita a pesagem do paciente.

Qual a importância da dieta para a saúde dos rins?

Nossa alimentação está completamente associada à saúde dos nossos rins. Para aquelas pessoas que não sofrem com nenhuma doença renal, não existe uma restrição alimentar específica, porém é essencial definir uma rotina alimentar equilibrada e saudável para preservar a sua função renal e controlar os fatores de risco.

Uma dieta de qualidade é capaz de minimizar os danos causados pela falta da filtragem dos excessos e impurezas encontradas no sangue e deixam de controlar a quantidade de minerais como sódio, potássio, fósforo e cálcio. Portanto, é muito importante se atentar aos alimentos que possam prejudicar o funcionamento do seu organismo nesse momento.

É fundamental adotar uma dieta que possa suprir todas as necessidades para manutenção da homeostasia do organismo e com isso auxiliar no bom funcionamento renal. Contudo, é importante incluir e excluir alguns hábitos alimentares para auxiliar em todo o processo.

Esse procedimento demanda acompanhamento constante de uma equipe multidisciplinar e muito empenho por parte do paciente.

Leia mais sobre a dieta do paciente renal: https://nefroclinicas.com.br/a-dieta-pode-ajudar-a-proteger-contra-a-perda-na-funcao-dos-rins/

https://www.youtube.com/watch?v=KCLlPsDpvak&t=601s

Nesta live, o nefrologista e Diretor de Ensino do Grupo NefroClínicas conversou com a nutricionista Thais Máximo sobre a importância da nutrição na vida do paciente renal. Confira esse bate papo super interessante!

Afinal, qual a dieta para o paciente renal?

É importante se atentar às necessidades adotadas para cada tipo de paciente. Para aqueles que já apresentam insuficiência renal crônica (IRC) e são submetidos ao tratamento por meio das terapias renais substitutivas é necessário ter cuidado com alimentos ricos em potássio, pois podem causar cãibras, fraqueza muscular e até mesmo arritmias cardíacas. O fósforo é outro elemento comumente observado, pois junto com o cálcio, ele auxilia na saúde dos ossos. Seu excesso no organismo pode causar coceira e fraqueza nos ossos. A ingestão proteica deve ser controlada, isso porque, níveis elevados de proteína podem elevar a ureia e causar sintomas como náuseas, vômitos e falta de apetite.

Cada caso precisa ser analisado de maneira única, portanto, não é aconselhável o paciente elaborar sua própria dieta buscando apenas as informações encontradas na internet, sem auxílio profissional. Para isso, temos os nutricionistas que irão identificar as carências de cada um, e assim, determinar um plano alimentar adequado que irá suprir suas necessidades e desenvolver o que for preciso para melhor funcionamento do organismo e rins, a fim de proporcionar mais saúde e qualidade de vida ao paciente renal.

Leia mais sobre isso: https://nefroclinicas.com.br/obesidade-e-doenca-renal-cronica-qual-a-relacao/

https://www.youtube.com/watch?v=n066tocBMTE

Entenda um pouco sobre a função do potássio no tratamento do paciente renal com o nosso nutricionista, Ricardo de Magalhães.

Uma estrutura completa para te receber!

Se você busca por uma clínica especializada em Nefrologia que preza pela garantia de um atendimento ímpar durante toda a sua jornada enquanto usufrui dos nossos serviços, esse é o lugar ideal! Nosso objetivo é te proporcionar todo conforto e eficácia no decorrer dos tratamentos voltados para a perda da função renal, como as terapias renais substitutivas que integram a diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração, transplante renal, tratamento conservador, dentre outros métodos de prevenção com a finalidade de assegurar a saúde dos seus rins.

A NefroClínicas possui unidades espalhadas por 4 estados brasileiros! Se você se encontra nas regiões de Belo Horizonte-MG, Brasília-DF, Ipanema-DF ou São Luís-MA, venha nos visitar pois estamos prontos para te receber! Todas as clínicas detêm de uma estrutura completa, composta por um corpo clínico renomado juntamente com um time multidisciplinar especializado que inclui psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais.

Oferecemos toda linha de cuidados relacionados à saúde dos rins, sempre zelando pelo carinho, atenção e acolhimento ao paciente portador da doença renal crônica que optou pela NefroClínicas como um lar onde ele poderá contar com uma experiência em nefrologia diferenciada. Proporcionamos aos nossos clientes, tratamentos completos e humanizados, além do programa diálise em trânsito, na qual o paciente poderá viajar sem precisar interromper o seu tratamento. Fornecemos todo conforto de uma clínica premium para o seu bem-estar, uma equipe de Enfermagem altamente capacitada e premiada pelo Coren-MG como destaque da Enfermagem de Minas Gerais por seu desempenho ao atender nossos pacientes e uma tecnologia de ponta em equipamentos de diálise para confirmar que o tratamento ocorra de uma maneira ainda mais eficiente e segura, trazendo melhor qualidade de vida a quem está conosco.

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Estamos prontos para te receber!

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