Como é feita a diálise peritoneal em casa?
Quando a doença renal crônica está em fase avançada, é necessário que o paciente inicie alguma opção de tratamento que exerça as funções dos rins, uma vez que eles estão afetados por conta da lesão. Essa indicação é feita mediante a uma consulta médica juntamente com o nefrologista responsável, onde é feita a avaliação da atual condição do órgão, e assim, determinar o método de diálise mais adequado, seja a diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração ou transplante renal.A avaliação é feita pelo nefrologista por meio de exames clínicos, laboratoriais ou de imagens. Com base nos resultados dos exames, avalia-se a gravidade da doença e, a partir disso, ocorre a definição se há ou não. a necessidade de iniciar alguma das terapias renais substitutivas (TRS).Por aqui, falaremos sobre a opção mais comum para realizar em domicílio, diferente das demais terapias, onde na grande maioria das vezes, é necessário que o paciente faça o deslocamento até uma clínica de nefrologia. Estamos falando da diálise peritoneal, que apesar de proporcionar maior conforto ao paciente, por permitir que seja feita em casa, dúvidas são frequentes se tratando dessa terapia renal substitutiva. Afinal, existem maneiras diferentes de execução e isso pode causar diversas inseguranças ou resistências por parte do paciente sobre a técnica.Continue conosco para entender o que é, como é feita em casa, quando é indicada e muito mais sobre a Diálise Peritoneal.
Quando é indicada a diálise peritoneal?
Nem todos aqueles que possuemdoença renalprecisarão fazer diálise peritoneal. Esse tratamento é indicado exclusivamente para pacientes que desenvolveram um quadro avançado deinsuficiência renal aguda ou crônica. Pelo fato dessa disfunção evoluir de forma lenta e progressiva, é possível que os estágios durem anos em alguns casos. Esses estágiossão baseados naTaxa de Filtração Glomerular (TFG), que se refere ao volume de sangue que o rim é capaz de filtrar. Nesse sentido quando o órgão está saudável, essa taxa varia entre 90 a 130ml de sangue por minuto. Em outras palavras, para definir a Taxa de Filtração Glomerular, verifica-se o nível decreatininano sangue do paciente.Clique aquie entenda os cinco estágios da doença renal crônica.No entanto, a diálise peritoneal permite a minimização dos efeitos causados pela doença e consequentemente o comprometimento das funções renais e requer a indicação de um médico nefrologista e antes de iniciar o tratamento. Por meio de uma consulta médica, será avaliado o atual estado do organismo do paciente através de alguns procedimentos, tais como:
- Consulta médica para investigar os sintomas e examinar o corpo do paciente
- Dosagem de ureia e creatinina no sangue
- Dosagem de potássio no sangue
- Quantidade de urina produzida durante um dia e uma noite (urina de 24h)
- Cálculo da percentagem de funcionamento dos rins (clearance de creatinina e ureia)
- Avaliação de anemia (hemograma, dosagem de ferro, saturação de ferro e ferritina)
Através do estudo clínico do paciente a análise completa do hemograma, feito pelo nefrologista, é possível observar os níveis destas substâncias no sangue do indivíduo e avaliar a presença de sinais e sintomas que apontam a necessidade (ou não) da diálise peritoneal. As opções completas de tratamento incluem:transplante renal,diálise peritoneal,hemodiáliseehemodiafiltração. A escolha é baseada na individualidade de cada pessoa.
O que é diálise peritoneal?
A Diálise Peritoneal é uma técnica de substituição renal geralmente utilizada no estágio 5D dainsuficiência renal crônica(onde a taxa de filtração glomerular (TFG) é inferior a 15 ml/min, impossibilitando o rim de exercer seu funcionamento básico), a fase mais avançada da doença. Em ocasiões de insuficiência renal aguda grave, é mais rara a utilização desse tratamento, sendo mais apropriado a hemodiálise e as técnicas dialíticas contínuas como a hemofiltração venovenosa em situações mais agudas. Como todo procedimento de substituição renal, esse método também possui suas vantagens e desvantagens.https://www.youtube.com/watch?v=3PeAsLC9iHUPara entender mais sobre diálise peritoneal, confira este vídeo da nefrologista da NefroClínicas Brasília, Dra Joyce Paresoto.
Como é feita a diálise peritoneal?
A diálise peritoneal é responsável por remover as impurezas e excessos de líquido no sangue, com auxílio de um filtro natural chamado peritônio. Ele consiste em uma membrana porosa e semipermeável que cobre os principais órgãos do abdômen. O espaço entre esses órgãos é chamado de cavidade peritoneal. Em primeiro momento, um pequeno e fino tubo denominado cateter é implantado pela parede abdominal próximo ao umbigo por meio de uma pequena cirurgia, com anestesia local, até a cavidade peritoneal, de maneira indolor e permanente.O processo em geral é iniciado de 10 a 14 dias após a implantação do cateter. Em alguns casos específicos, ele pode ser antecipado iniciando a terapia em até 24h, dependendo da gravidade e necessidade clínica do paciente. A utilização do cateter permite, após este período, a passagem da solução de diálise até a cavidade peritoneal, realizando a drenagem em contato com o sangue, levando consigo as toxinas como a ureia, creatinina, potássio e o excesso de líquido no corpo em casos de dificuldade da função natural dos rins.Em casos de deslocamento do cateter, é necessário realizarasuatroca, respeitandoo procedimento de colocação à cavidade abdominal. Caso contrário,poderá prejudicaro seu funcionamentodevido a dificuldade decontatodo mesmo com o líquido difundido.
Quais são os dois tipos de diálise peritoneal? E como fazer em casa?
Há dois tipos de diálise peritoneal: A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua e a Diálise Peritoneal Automatizada e ambas as opções podem ser realizadas em casa.
Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua: Também conhecida como CAPD ou DPAC, é a modalidade mais comum de diálise peritoneal. É realizada diariamente e de forma manual pelo próprio paciente ou familiar, sendo uma boa opção para idosos, crianças e aqueles para as quais a hemodiálise não se mostrou propícia ou possível. Esse tratamento não exige de máquina, o paciente pode colocar e retirar o líquido de diálise do abdômen ou ser auxiliado por alguém. Geralmente pode ser realizado em casa, em um local limpo e bem iluminado. Durante o processo da Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua, o sangue é filtrado o tempo inteiro, a solução (líquido) sai de um frasco de plástico por um cateter (tubo) em direção a cavidade abdominal (interior da barriga). Por lá é iniciado a drenagem e então uma nova solução volta ao abdômen, recomeçando todo o processo de filtração. Normalmente ocorrem 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, noite), com tempo de troca durando aproximadamente 30 minutos. Neste período entre uma troca e outra, o paciente fica livre das bolsas.Diálise Peritoneal Automática: Também conhecida como DPA, possui certa semelhança à Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD/DPAC). A diferença é que o cateter é ligado diretamente a uma máquina que infunde e drena o líquido, efetuando as trocas necessárias. Antes de dormir, o paciente se conecta à máquina que faz as trocas de forma automática de acordo com a prescrição médica. O método é executado normalmente no período da noite, enquanto o paciente dorme, possibilitando mais liberdade a ele durante o dia. Caso seja necessário, as trocas podem ser programadas de “forma manual” durante o dia. O tratamento pode ser realizado em casa ou na clínica de nefrologia sob acompanhamento do nefrologista e da equipe de enfermagem. Geralmente, o paciente vai à clínica de nefrologia uma vez por mês para colher exames de sangue, urina e fazer a consulta com o médico nefrologista.https://www.youtube.com/watch?v=f6NZWu3CIDE&t=39sQuem faz diálise peritoneal domiciliar geralmente usa o período da noite para realizar suas sessões que duram cerca de 8 a 10 horas. Porém, eventualmente podem surgir alguns compromissos sociais, como uma festa por exemplo. Será que ele poderá ir até essa festa? Assista este vídeo e confira a resposta do Dr José Neto, médico nefrologista e Diretor de Ensino e Pesquisa do Grupo NefroClínicas.
Quais são vantagens da diálise peritoneal?
Em relação à hemodiálise, os resultados dadiálise peritonealsão semelhantes. Além de ser um processo indolor, uma das principais vantagens e características desse tratamento, assim como mencionamos anteriormente, é a capacidade de ser executado em casa, sem necessidade da pessoa se deslocar até o hospital ou clínica de nefrologia. Porém, nestes casos, os familiares e cuidadores de pacientes em diálise peritoneal possuem um papel extremamente importante no sucesso e eficácia da técnica.Essa uma opção que não causa as intercorrências que costumam acontecer nas demais terapias, como hipotensão, náuseas, vômitos e qualquer problema que aconteça com a máquina, é facilmente resolvido pela equipe assistente da forma mais segura possível.Para aquelas pessoas que gostam de viajar, porém precisam realizar o tratamento, temos uma ótima notícia!A diálise peritoneal não impede o paciente de fazer viagens, basta levar todo o material obrigatório para executar a técnica junto na bagagem e ele poderá dar sequência no tratamento. Essa flexibilidade também favorece os pacientes que trabalham ou estudam durante o dia, devido ao fato desse método possuir a opção de fazer trocas do líquido (solução de diálise) em horários noturnos, possibilitando que o indivíduo possa fazer suas atividades diárias normalmente. Já em relação aos hábitos alimentares, em comparação com a hemodiálise, esse procedimento possui menos restrições à dieta e ingestão de líquidos.https://www.youtube.com/watch?v=XaRJFRljMYIA nefrologista Dra.Joyce Paresoto falou um pouco sobre as vantagens da diálise peritoneal. Confira!
Quem faz diálise pode parar de fazer?
É comum durante a diálise peritoneal, o paciente manifestar o desejo de receber um transplante de rim para descontinuar o tratamento. Porém o transplante as vezes é demorado e depende de uma série de fatores, sendo assim na maioria das vezes, após o início da terapia, o paciente precisa continuar pelo resto da vida até que possa realizar o transplante, (que é a terapia renal substitutiva com maior possibilidade de garantir que o paciente não precise da diálise). Existem algumas situações em que os rins voltam ao seu funcionamento normal, esses casos sãos mais comuns de serem observados na insuficiência renal aguda, enquanto na insuficiência renal crônica essa possibilidade é mais rara. Isso irá depender da patologia que ocasionou a perda da função renal. Já em pacientes diabéticos, hipertensos e portadores de glomerulonefrites crônicas (doença que provoca a inflamação na região do rim responsável pela filtragem do sangue e formação da urina), a perda da função ocorre de forma lenta e progressiva, levando à necessidade do tratamento dialítico por tempo indeterminado.
É possível que o paciente troque de terapia renal substitutiva de acordo com sua adaptação e condição clínica, geralmente a dialise peritoneal é a que proporciona maior independência e qualidade de vida para o paciente antes do transplante renal, tendo maior liberdade para viajar e mais tempo disponível durante o dia, pois pode levar os materiais necessários para seu tratamento nas viagens e geralmente é realizado a noite, deixando assim o dia livre para outras atividades.
Faz diálise peritoneal em casa e precisa de suporte técnico?
A NefroClínicas disponibiliza suporte técnico do equipamento a aqueles que fazemdiálise peritonealdomiciliarDE QUALQUER UNIDADE, ou seja, em casos de necessidades, dúvidas ou qualquer outro assunto relacionado ao aparelho dessa terapia renal substitutiva, teremos profissionais em prontidão para fornecer todo suporte técnico que você precisar entre 19h da noite e 7h da manhã!
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(31) 99587-9254(31) 99766-2783https://www.youtube.com/watch?v=OCKv_GdpQFsConheça a história da Maria Vianney, paciente da NefroClínicas que começou a hemodiálise em março de 2021 e fez a transação para diálise peritoneal, obtendo melhores resultados em seu tratamento. Neste vídeo ela explica como foi esse processo de mudança e os benefícios causados em sua vida após essa decisão, destacando mais uma vez as vantagens dessa técnica como método de terapia renal substitutiva.
Conclusão
Concluindo, enfatizamos novamente que a diálise peritoneal é um método que deve ser estabelecido conforme critérios médicos, que variam em função das condições clínicas do indivíduo e suas preferências. De qualquer forma, o tratamento dialítico é uma excelente opçãopara pacientes renais.Se você busca por uma clínica que te atenda e te acompanhe em todas as etapas do tratamento, a NefroClínicas está à disposição para te oferecer um atendimento multidisciplinar para pacientes renais, através de um acompanhamento médico com os Nefrologistas mais renomados do cenário nacional da nefrologia , nutricional,psicológico,serviço sociale umaequipe de Enfermagemfortemente preparada com os melhores profissionais do mercado. Além de, equipamentos de tecnologia e conforto que irão disponibilizar todas as informações necessárias para a eficácia do tratamento. Ou seja, o lugar apropriado para te oferecer amelhor experiência em Nefrologia do Brasil!Não deixe para amanhã e agende sua consulta, afinal, o quanto antes for feito o diagnóstico da condição e dar início ao tratamento adequado, menores serão as complicações futuras.Agende sua consulta
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