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Como é feita a diálise peritoneal?

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Embora a diálise peritoneal seja um método na qual o paciente possa realizar sem precisar sair do conforto da sua casa, anulando a necessidade de deslocamento até o hospital ou clínica de Nefrologia, dúvidas são frequentes se tratando dessa terapia renal substitutiva. Afinal, existem duas formas de execução e isso pode causar diversas inseguranças ou resistências por parte do paciente sobre essa técnica. Antes de iniciarmos, é importante entender o que é diálise peritoneal e o que leva o paciente a passar por esse procedimento.

O que é diálise peritoneal?

É uma técnica de substituição renal geralmente utilizada no estágio 5D da insuficiência renal crônica (onde a taxa de filtração glomerular (TFG) é inferior a 15 ml/min, impossibilitando o rim de exercer seu funcionamento básico), a fase mais avançada da doença. Em ocasiões de insuficiência renal aguda grave, é mais rara a utilização desse tratamento, sendo mais apropriado a hemodiálise e as técnicas dialíticas contínuas como a hemofiltração venovenosa em situações mais agudas. Como todo procedimento de substituição renal, esse método também possui suas vantagens e desvantagens. Para entender quais são, clique aqui e saiba mais.

Arthur Lazaretti

Como é feita a diálise peritoneal?

O processo ocorre no peritônio do paciente e tem como objetivo substituir a sua função renal. A diálise peritoneal é responsável por remover as impurezas e excessos de líquido no sangue, com auxílio de um filtro natural chamado peritônio. Ele consiste em uma membrana porosa e semipermeável que cobre os principais órgãos do abdômen. O espaço entre esses órgãos é chamado de cavidade peritoneal. Em primeiro momento, um pequeno e fino tubo denominado cateter é implantado pela parede abdominal próximo ao umbigo por meio de uma pequena cirurgia, com anestesia local, até a cavidade peritoneal, de maneira indolor e permanente. O processo em geral é iniciado de 10 a 14 dias após a implantação do cateter. Em alguns casos específicos, ele pode ser antecipado iniciando a terapia em até 24h, dependendo da gravidade e necessidade clínica do paciente. A utilização do cateter permite, após este período, a passagem da solução de diálise até a cavidade peritoneal, realizando a drenagem em contato com o sangue, levando consigo as toxinas como a ureia, creatinina, potássio e o excesso de líquido no corpo em casos de dificuldade da função natural dos rins.

Há dois tipos de diálise peritoneal: A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua e a Diálise Peritoneal Automatizada.

Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua: Também conhecida como CAPD ou DPAC, é a modalidade mais comum de diálise peritoneal. É realizada diariamente e de forma manual pelo próprio paciente ou familiar, sendo uma boa opção para idosos, crianças e aqueles para as quais a hemodiálise não se mostrou propícia ou possível. Esse tratamento não exige de máquina, o paciente pode colocar e retirar o líquido de diálise do abdômen ou ser auxiliado por alguém. Geralmente pode ser realizado em casa, em um local limpo e bem iluminado. Durante o processo da Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua, o sangue é filtrado o tempo inteiro, a solução (líquido) sai de um frasco de plástico por um cateter (tubo) em direção a cavidade abdominal (interior da barriga). Por lá é iniciado a drenagem e então uma nova solução volta ao abdômen, recomeçando todo o processo de filtração. Normalmente ocorrem 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, noite), com tempo de troca durando aproximadamente 30 minutos. Neste período entre uma troca e outra, o paciente fica livre das bolsas.

Diálise Peritoneal Automática: Também conhecida como DPA, possui certa semelhança à Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD/DPAC). A diferença é que o cateter é ligado diretamente a uma máquina que infunde e drena o líquido, efetuando as trocas necessárias. Antes de dormir, o paciente se conecta à máquina que faz as trocas de forma automática de acordo com a prescrição médica. O método é executado normalmente no período da noite, enquanto o paciente dorme, possibilitando mais liberdade a ele durante o dia. Caso seja necessário, as trocas podem ser programadas de “forma manual” durante o dia. O tratamento pode ser realizado em casa ou na clínica de nefrologia sob acompanhamento do nefrologista e da equipe de enfermagem. Geralmente, o paciente vai à clínica de nefrologia uma vez por mês para colher exames de sangue, urina e fazer a consulta com o médico nefrologista.

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Conheça a história da Maria Vianney, paciente da NefroClínicas que começou a hemodiálise em março de 2021 e fez a transação para diálise peritoneal, obtendo melhores resultados em seu tratamento.

Ambos os procedimentos necessitam de um treinamento para executarem a técnica de forma eficaz e segura. Tanto o paciente quanto a pessoa que irá ajudá-lo na diálise serão treinados para exercerem alguns procedimentos básicos do processo, tais como lavar as mãos antes de tocar nos cateteres, limpar os locais de saída, utilizar máscaras cirúrgicas ao fazer trocas e verificar as bolsas de solução em casos de possíveis contaminações. Caso o paciente prefira realizar o tratamento diretamente na clínica de nefrologia, aqui na NefroClínicas ele encontrará uma estrutura capaz de oferecer uma experiência completa em nefrologia premium humanizada, contendo o treinamento e o acompanhamento do médico nefrologista incluso.

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