Doença Renal Crônica: o que é, causas, sintomas e como tratar

Você sabia que 1 em cada 10 adultos no mundo tem doença renal crônica? Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, até 2040, essa condição pode se tornar uma das principais causas de morte no planeta.
A doença renal crônica (DRC) é a perda progressiva e irreversível da função dos rins — órgãos que filtram o sangue, eliminam toxinas e equilibram substâncias no corpo. Quando os rins deixam de funcionar corretamente, o corpo acumula resíduos prejudiciais à saúde.
Por que a função dos rins é tão importante?
Os rins são responsáveis por regular a pressão arterial, equilibrar os níveis de sódio e potássio no organismo, além de produzir hormônios essenciais, como a eritropoetina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos.
Quando a taxa de filtração glomerular (TFG) cai abaixo de 60 ml/min por mais de 3 meses, é sinal de que há comprometimento persistente da função renal. Nesses casos, o diagnóstico de DRC deve ser considerado.
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Principais causas e fatores de risco
A doença renal crônica pode surgir silenciosamente, mas está frequentemente associada a outras condições de saúde, como:
- Diabetes (principal causa da DRC no Brasil e no mundo)
- Hipertensão arterial
- Obesidade
- Histórico familiar de doença renal
- Uso prolongado de anti-inflamatórios sem prescrição médica
- Tabagismo
Manter o controle de doenças crônicas e adotar hábitos saudáveis são atitudes fundamentais para proteger os rins.
Leia também: Obesidade e doença renal crônica: qual a relação?
Quais são os sintomas da doença renal?
Nos estágios iniciais, a DRC geralmente não apresenta sintomas. Por isso, é comum que ela só seja descoberta em fases mais avançadas. Quando os sinais aparecem, os mais comuns são:
- Inchaço nos pés, tornozelos ou ao redor dos olhos
- Pressão alta que não melhora com medicação
- Fraqueza, cansaço e falta de apetite
- Náuseas e vômitos frequentes
- Alterações na urina (espuma, cor escura ou presença de sangue)
- Anemia e palidez
Estes sintomas variam conforme o estágio da doença e devem ser investigados por um nefrologista.
Como diagnosticar a doença renal crônica?
O diagnóstico é feito com exames simples e acessíveis:
- Exame de urina: detecta a presença de proteínas ou sangue.
- Creatinina no sangue: avalia a taxa de filtração dos rins.
- Ultrassonografia dos rins: mostra alterações na estrutura renal.
Com esses dados, o médico consegue classificar a DRC em 5 estágios, o que ajuda a definir o tratamento ideal.

Estágios da doença renal crônica
A DRC é dividida em 5 estágios, de acordo com a função renal:

Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de preservar a função dos rins por mais tempo.
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Tratamentos disponíveis
O tratamento da doença renal crônica depende do estágio da doença, das condições clínicas do paciente e da presença de outras doenças associadas. Veja abaixo as principais opções:
Hemodiálise
É o tipo de diálise mais comum. Nela, o sangue é retirado do corpo por meio de um acesso vascular, passa por uma máquina que faz a filtragem e retorna limpo para o organismo. Esse processo é feito em clínicas especializadas, geralmente três vezes por semana, com duração média de 4 horas por sessão. A hemodiálise é indicada principalmente para pacientes com falência renal total ou muito próxima disso.
Diálise peritoneal
Essa modalidade é feita em casa, utilizando o peritônio (membrana natural do abdômen) como filtro. Um líquido especial é introduzido no abdômen através de um cateter, onde permanece por algumas horas, absorvendo as toxinas do sangue. Depois, o líquido é drenado e trocado por outro novo. A diálise peritoneal proporciona mais liberdade e autonomia ao paciente, sendo ideal para quem prefere manter suas atividades diárias com mais flexibilidade.
Hemodiafiltração
Esse é um tratamento mais moderno, que combina a hemodiálise com a filtragem por convecção. Ele remove tanto moléculas pequenas quanto maiores, o que oferece uma purificação mais eficiente do sangue. A hemodiafiltração costuma ser indicada para pacientes que não respondem bem à hemodiálise convencional ou que apresentam sintomas mais severos, como cansaço excessivo após as sessões.
Transplante renal
É considerado o tratamento mais completo e eficaz, especialmente para pacientes mais jovens ou com bom estado geral de saúde. Consiste na substituição do rim doente por um rim saudável, de um doador vivo ou falecido. Após o transplante, o paciente precisa tomar medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do órgão. Quando bem-sucedido, o transplante permite maior qualidade de vida e independência do paciente em relação à diálise.
Como prevenir a doença renal crônica?
Embora a DRC seja uma condição séria, ela pode ser prevenida — ou, ao menos, retardada — com cuidados simples no dia a dia:
- Mantenha a pressão arterial sob controle
- Controle a glicemia, especialmente se for diabético
- Evite o uso de medicamentos sem orientação médica
- Não fume
- Pratique atividades físicas regularmente
- Beba água com frequência
- Realize exames de urina e sangue periodicamente
A prevenção começa pelo conhecimento. Se você tem fatores de risco, converse com um nefrologista.
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A doença renal crônica é silenciosa, mas pode ser identificada precocemente com exames simples. O acompanhamento médico regular, o controle de doenças associadas e bons hábitos de saúde fazem toda a diferença.
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