Nefrite Lúpica: Como o lúpus pode comprometer os nossos rins?
O Lúpus Eritematoso Sistêmico, mais conhecido somente como Lúpus, é uma doença inflamatória crônica autoimune (quando o próprio organismo ataca os órgãos e tecidos) na qual as células do sistema imunológico saem do controle normal das suas funções e passam a acometer as estruturas saudáveis do próprio organismo da pessoa, sendo capaz de afetar diversos sistemas do corpo humano, como as articulações, pele, células sanguíneas, cérebro, coração, pulmões e claro, os RINS.Existem diferentes tipos da doença: O discoide, neonatal, induzido por drogas e o sistêmico, sendo este último, o mais recorrente dentre os demais. Nessa variação, a inflamação atinge todo o organismo a ponto de comprometer o funcionamento adequado de vários órgãos, como os citados anteriormente. Essa condição não é contagiosa, ou seja, ela não pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelo fato de a doença ser o resultado de inúmeros processos que acontecem dentro do organismo do indivíduo, impedindo que ela seja disseminada para outros seres. Embora o lúpus possa afetar pessoas de ambos os sexos, é mais comum em mulheres do que em homens, pelos hormônios femininos serem um dos fatores de risco que favorecem a infecção. Mulheres entre 20 e 40 anos que estejam em seu ciclo de vida fértil, são mais propícias a contrair a condição, que por sua vez, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, aproximadamente 65 mil brasileiros são diagnosticados com essa enfermidade.Inicialmente, de maneira geral, o lúpus pode se manifestar através de febre, perda de peso constante, falta de apetite, fraqueza e desânimo. Porém, em outros casos, pode afetar regiões específicas do corpo de maneira rápida, lenta ou progressiva, causando lesões nos órgãos, como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação da pleura, hipertensão e algum problema nos rins. Quando isso acontece no sistema renal, o caso é chamado de nefrite lúpica.
Mas o que é essa tal de nefrite lúpica e como o lúpus pode atacar os nossos rins?
O que acontece quando o lúpus ataca os rins?
Como mencionamos anteriormente, o lúpus é uma condição capaz de atingir vários órgãos, incluindo os rins. Neste caso, ocorre a alteração no funcionamento deste órgão, podendo levar a quadros de insuficiência renal. Esse deterioramento mencionado acima é o estado dos rins na qual chamamos de nefrite lúpica, que em casos mais graves, o paciente pode necessitar de iniciar alguma terapia renal substitutiva, como a diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração ou até mesmo entrar na fila para o transplante renal.Para entender melhor, veja esse diálogo entre médico e paciente sobre a nefrite lúpica:Paciente: “Doutor, como o lúpus pode atuar assim tão diretamente nos meus rins?”Médico: “Bom, quando falamos sobre os rins, é importante citar que, segundos estudos, entre 10 a 30% dos casos de lúpus, evoluem para doença renal crônica (DRC). Isto é, quando a condição é identificada como tipo sistêmico, suas inflamações chegam até os tecidos renais e prejudicam a ação de filtragens das toxinas absorvidas em nosso organismo, assim como as demais funções do órgão.”Paciente: “Agora ficou mais claro doutor. Mas quais são essas funções dos rins?”Médico: “Vamos lá, vou tentar resumir para não fugirmos do tema deste conteúdo, porém irei te indicar um ótimo texto na qual aprofundamos bastante sobre todas as funções dos rins. Assim, a senhora poderá entender muito melhor!”- “Os rins fazem a filtragem do sangue para eliminar substâncias tóxicas, como ureia, amônia e outras substâncias prejudiciais para o nosso corpo, auxiliam no equilíbrio do nosso organismo, fazem a manutenção do equilíbrio de pH do sangue, produzem hormônios importantes, ativam vitaminas, são essenciais para o bom funcionamento do nosso sistema excretor, além de exercerem várias funções no corpo humano. Entendeu?”Paciente: Perfeitamente doutor, realmente os rins são fundamentais para nosso organismo!”Médico: Sem dúvidas! Ele é um dos órgãos vitais do nosso corpo e merece toda a nossa atenção para que possamos estar saudáveis e em perfeito funcionamento! Mas se você quer saber muito mais sobre eles, é só clicar neste link abaixo e ler o texto que publicamos.”Saiba mais: https://nefroclinicas.com.br/quais-sao-as-funcoes-dos-rins/Paciente: Claro doutor, vou ler neste momento! Muito obrigada!Médico: Estamos à disposição!
Quais os sintomas de lúpus nos rins?
Embora em sua fase inicial, a nefrite lúpica possa ser assintomática (não apresentar sinais ou sintomas), na medida em que a doença progride, podem ocorrer algumas alterações no organismo do paciente. Dentre elas, podemos citar:
- Sangue na urina (hematúria)
- Urina espumosa
- Diminuição do volume de urina
- Alterações na pressão arterial (hipertensão)
- Inchaços nas pernas e no rosto
- Cansaço excessivo
- Falta de ar
- Aumento de peso
- Altos níveis de creatinina no sangue
Esses sintomas informados geralmente são os mais comuns referentes ao lúpus nos rins, entretanto antes de qualquer confirmação, é essencial realizar uma consulta com o seu médico para que ele possa realizar o diagnóstico exato da condição e indicar o melhor tratamento para controlar o avanço da doença. Portanto, não deixe que ocorram maiores complicações e, em casos de algum sintoma, agende sua consulta conosco.Agende sua consulta
Como diagnosticar nefrite lúpica?
O diagnóstico da nefrite lúpica normalmente começa pela análise do estado clínico do paciente, feita pelo médico responsável. Neste momento da consulta, serão avaliados os sintomas e sinas apresentados pelo paciente, assim como suas particularidades.Para isso, será necessário que o sujeito realize alguns exames e procedimentos que irão contribuir para a confirmação deste diagnóstico:
Análises do sangue
Examinar os níveis de creatinina, ureia, anticorpos e marcadores de inflamação.
Análises da urina
Avaliar os níveis de proteínas e o estado da função renal.
Exames de imagem
Ecografia renal, RM renal, TC renal, entre outros.
Biópsia renal
Procedimento médico na qual é retirada uma pequena amostra do tecido do rim para que seja feita a devida análise em laboratório de anatomia patológica.https://www.youtube.com/watch?v=3IcUGuUrK1wNeste vídeo, reunimos nossas nefrologistas, Dra Márcia Goulart e Dra. Fernanda Martins para falarem sobre a importância do exame de urina no diagnóstico e avaliação do estado clínico do paciente.Dentre esses métodos, a melhor forma de descobrir a causa exata da nefrite lúpica é por meio da biópsia renal, uma vez que existem 6 níveis da doença. Logo abaixo, iremos entender um pouco mais sobre cada classe.
Quais são os tipos de nefrite lúpica?
Após o diagnóstico da nefrite lúpica, é o momento de identificar em qual nível a doença se encontra. Conheça um pouco sobre cada um:
Nefrite Lúpica Mesangial Mínima (Classe I)
Fase assintomática da doença, onde ocorrem poucas e leves alterações nos rins.
Nefrite Lúpica Proliferativa Mesangial (Classe II)
Ocorre lesões mais leves nos rins, porém, diferente da etapa anterior, nesta é possível que o paciente apresente alguns sintomas como sangue na urina (hematúria).
Nefrite Lúpica Focal (Classe III)
Pode ser crônica ou ativa e proliferativa ou esclerosante. Ocorre maiores danos às estruturas dos rins (conhecido como glomérulos) capazes de causar problemas na função renal.
Nefrite Lúpica Difusa (Classe IV):
Igualmente como a anterior, pode ser crônica ou ativa e proliferativa ou esclerosante, porém esta também pode ser segmentar ou global. Nela, ocorrem lesões mais graves nos rins, causando maiores alterações na função renal.
Nefrite Lúpica Membranosa (Classe V)
É formada uma parede densa na região das estruturas dos rins, onde a função renal é comprometida.
Nefrite Lúpica Esclerosante (Classe VI)
Nível em que a doença renal se encontra nos estágios finais, comprometendo completamente a função dos rins.Ressaltamos novamente que, para que seja feita a comprovação correta deste acometimento, é imprescindível a consulta com o médico logo após qualquer sintoma, evitando o diagnóstico tardio.
Qual o tratamento para nefrite lúpica?
É necessário dizer que não existe uma cura definitiva para nefrite lúpica e dependendo da fase em que ela se encontra, o prognóstico pode variar. Porém o tratamento é capaz de oferecer o controle da evolução da doença e qualidade de vida ao paciente. A complexidade dos tratamentos se diferencia de acordo com o grau em que a condição está. Ou seja, a cada fase em que a doença avança, será implementado um novo modelo de tratamento. Uma das formas é o acompanhamento médico por meio de medicações indicadas pelo profissional responsável com o objetivo de controlar os sintomas, diminuir a pressão arterial e reduzir as crises de inflamação.Já em outros casos, será preciso fazer mudanças na rotina e estilo de vida do paciente. Isso acontece devido a existência de algumas limitações quanto a exposição aos raios solares, além de um plano alimentar adequado com restrição do consumo de sal feito pelo nutricionista para evitar o avanço da doença. A dieta é desenvolvida levando em consideração as individualidades e necessidades de cada paciente. Contudo, neste caso a consulta com profissional da nutrição é imprescindível para a eficácia do tratamento.Aqui na NefroClínicas, prezamos pelaadequação, ou seja, o paciente não precisa eliminar definitivamente alguma comida que goste dieta, desde que ele saiba dosar as quantidades ideais para evitar excessos e comprometer a sua saúde. Para isso, nossocorpo clínicoé preparado com as devidas qualificações necessárias que se enquadram aos nossos propósitos e atuam de forma que possa atender cada paciente de maneira humanizada, buscando entender todas as suas particularidades para desenvolver o melhorplano alimentar, com base nas necessidades e limitações de cada um.Agende sua consulta
Quem tem lúpus nos rins precisa fazer hemodiálise?
Em quadros de insuficiência renal, ou seja, quando a nefrite lúpica evolui a ponto de os rins não conseguirem mais desempenhar suas funções, serão necessárias outras modalidades de tratamento que incluem as terapias renais substitutivas, como a diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração ou transplante renal.Entenda um pouco sobre cada método:
Diálise peritoneal
É uma técnica de substituição renal geralmente utilizada no estágio 5D dainsuficiência renal crônica(onde a taxa de filtração glomerular (TFG) é inferior a 15 ml/min, impossibilitando o rim de exercer seu funcionamento básico), a fase mais avançada da doença. Em ocasiões deinsuficiência renal aguda grave, é mais rara a utilização desse tratamento, sendo mais apropriado a hemodiálise e as técnicas dialíticas contínuas como a hemofiltração venovenosa em situações mais agudas. Como todo procedimento de substituição renal, esse método também possui suas vantagens e desvantagens. Para entender quais são,clique aquie saiba mais.
Hemodiálise
A hemodiálise é um método que realiza afunção dos rinsem nosso corpo, retirando todas assubstâncias tóxicas, água e sais minerais pelo auxílio de um equipamento chamado dialisador. Naturalmente, osrinsé que exercem esse papel fundamental no corpo humano, limpando e eliminando por meio daurina, as impurezas do organismo. Porém, uma vez que esse órgão está comprometido devido a doença, a hemodiálise age como um “rim artificial” e executa tais funções.Clique aquie conheça tudo sobre a hemodiálise!
Hemodiafiltração
Também conhecido como HDF, a hemodiafiltração é uma modalidade de terapia renal substitutiva nascida no início dos anos 2000, na qual combina duas formas de filtragem: difusão e convecção. Essa técnica consiste na utilização de um filtro específico através de uma máquina capaz de remover as toxinas existentes no organismo do paciente em maior volume, que normalmente não são retiradas pela hemodiálise convencional. Esse método de terapia é mais eficiente pelo fato de exercer uma pressão mais forte capaz de “arrastar” essas substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea. Por ser uma modalidade relativamente nova no tratamento dialítico, a hemodiafiltração utiliza de altos recursos tecnológicos e oferece maiorqualidade de vidapara pacientes portadores dadoença renal crônica. Especialistas afirmam que essa terapia é a que mais se aproxima das funções fisiológicas de um rim “normal” e proporciona maior conforto ao paciente por não apresentar algumas complicações em comparação com as demais terapias renais substitutivas, como quedas bruscas depressão arterial, dores de cabeça, náuseas e fadiga durante as sessões, além de possuir menosrestrições nutricionais. Clique aqui e saiba mais sobre a hemodiafiltração.
Transplante renal
O transplante renal ou transplante dos rins atualmente é a melhor forma de tratamento para pacientes portadores deinsuficiência renal crônicaem sua fase terminal, estando emdiálise peritoneal,hemodiálise, hemodiafiltraçãoou fase pré-dialítica, sendo considerado uma opção completa e efetiva para que os pacientes possam ter melhor qualidade de vida, já que o novo órgão é capaz de executar suas funções normalmente, como filtrar as toxinas encontradas no sangue como a amônia,ureiae ácido úrico, conforme dito acima. Nesse caso, a recorrência do lúpus no rim transplantado pode variar entre 2% e 11%. Tanto os riscos quanto os benefícios desse tratamento para pacientes com lúpus são semelhantes aos dos pacientes que não possuem essa doença. Clique aqui e conheça tudo sobre o transplante renal.https://www.youtube.com/watch?v=zcc-IED1v2E&t=12sConfira o vídeo do Dr. Fernando Lucas, Nefrologista e Diretor Médico do Grupo NefroClínicas, e entenda mais sobre diálise peritoneal, hemodiálise e transplante renal.Leia esse texto para saber TUDO sobre as terapias renais substitutivas e a melhor opção para o seu caso: https://nefroclinicas.com.br/quais-sao-as-terapias-renais-substitutivas-e-qual-a-melhor-opcao-para-o-seu-caso/
Qual o melhor tratamento para a nefrite lúpica?
Essa pergunta só pode ser respondida pelo médico, baseado em uma consulta onde será solicitado os exames necessários para avaliar o estado clínico e particularidades de cada paciente, assim como o atual nível de filtragem dos rins. Aqui na NefroClínicas, oferecemos um tratamento completo e humanizado que vai da prevenção ao cuidado intensivo, promovendosaúde e qualidade de vidaao paciente que evolui com aperda da função renala ponto de precisarem de algum método de diálise outransplante de rim.Todos os pacientes que necessitam dediálise ou outro método de tratamento renal,precisam de acompanhamento pelonefrologista,nutricionistaeenfermagem, sendo importante também a atuação dos membros restantes do corpo clínico, como opsicólogoe oserviço social, em casos de necessidade. Se houver mais dúvidas sobre esses tratamentos, marque uma consulta com o seumédico nefrologistapara que ele possa esclarecer todas as suas dúvidas e fazer as orientações necessárias antes de iniciar o tratamento.
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