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Sintomas e doenças

Quem tem doença renal pode beber e fumar?

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Todos nós sabemos que cigarro e bebidas alcoólicas não trazem nenhum benefício ao nosso organismo. Além de provocar várias doenças graves e fatais incluindo o câncer, doença hepática, pancreatite, complicações neurológicas, também pode ser o causador de problemas relacionados aos nossos rins, pulmão, fígado e diversos outros órgãos do corpo humano. Mas o que muitas pessoas ainda não sabem, é como esses dois hábitos influenciam diretamente na execução das funções renais, principalmente em pessoas com insuficiência renal.

Apesar de ser considerado “comum” entre a população, o consumo nocivo da famosa cervejinha (assim como as demais bebidas alcóolicas) e do tabaco possuem inúmeros malefícios quando falamos sobre pacientes renais e estão associados ao agravante da condição. Este último, inclusive, é a principal causa de mortes evitáveis, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Sabe-se que, o declínio da função renal está relacionado justamente aos hábitos em que a pessoa possui em sua vida, sendo assim, o consumo abusivo destas substâncias são grandes responsáveis por causar dependências e complicações.

Neste texto, abordaremos seus perigos e consequências do álcool e do cigarro para a saúde do paciente renal crônico, mas também vale para todas as outras pessoas que não são diagnosticadas com essa doença.

O que o álcool faz com os rins?

O álcool tem a capacidade de inibir as funções do hormônio antidiurético (conhecido como ADH), responsável por realizar a reabsorção de água do organismo. Essa situação provoca o aumento da diurese, termo utilizado para denominar a quantidade de urina eliminada em determinado período, sendo geralmente em 24h. Por consequência, os rins são prejudicados e se tornam menos capazes de exercer suas funções de filtragem do sangue, tal qual manter a quantidade ideal de água no corpo.

O rim não é o único órgão afetado pelo consumo em excesso de álcool. O fígado também é altamente prejudicado, sendo capaz de desenvolver esteatose hepática e evoluir para cirrose e câncer, devido ao efeito do etanol no sistema renal. Além disso, por conta da doença nos rins provocada pela ingestão abundante da substância, quadros de hipertensão arterial (pressão alta) também é uma condição que poderá ser apresentada pelo indivíduo, podendo causar infarto e progredir para insuficiência cardíaca e dores no peito, caso o problema não seja controlado de forma adequada.

Quem tem problema de rins pode tomar álcool?

Pacientes portadores de insuficiência renal precisam se adaptar a algumas restrições alimentares e no consumo de líquidos, principalmente o álcool. Essa restrição é necessária pois os rins afetados não conseguem eliminar o excesso de algumas substâncias do corpo ingeridos diariamente, como o potássio e os próprios líquidos. No entanto, caso a pessoa queira beber cerveja ou outra bebida alcóolica, é importante consultar o médico, juntamente com o nutricionista para que ele possa examinar o seu atual estado clínico e certificar que o mesmo está apto a consumir, afinal, a doença renal crônica é uma condição séria que exige atenção integral por parte do paciente ao decorrer do tratamento.

O que precisamos frisar é: Pacientes que possuem restrição no consumo de líquidos, tudo o que for ingerido precisa ser contabilizado. Assim como explicamos anteriormente, essa restrição irá depender de uma série de fatores, como a frequência em que o sujeito faz hemodiálise, nível de diurese, atividades da rotina e exercícios físicos, entre outras como mencionamos. Isto é, cada condição possui sua peculiaridade que precisa ser tratada com os profissionais envolvidos no tratamento a partir de uma análise rigorosa da história de exames da pessoa.

Aqui na NefroClínicas, nós prezamos pela adequação, ou seja, o paciente não precisa eliminar definitivamente alguma bebida da sua dieta, desde que ele saiba dosar as quantidades ideais e consuma com moderação para evitar excessos e comprometer a sua saúde.

E cerveja sem álcool, pode?

Não existe uma contraindicação absoluta da cerveja sem álcool ao paciente renal. A única observação necessária a ser feita é que em algumas indústrias fabricantes de cervejas, é utilizado uma quantidade mínima de álcool, não sendo 0% de fato (geralmente variando entre 0,5 e 0,8%).

Como nós acabamos de falar acima, se tratando do paciente renal crônico que faz algum método de diálise, onde a restrição do consumo de líquido existe e é importante para o andamento do tratamento, a ingestão da cerveja sem álcool também entra na contabilização da quantidade de líquidos ingerido no dia.

Como funciona essa contabilização?

Geralmente, a recomendação é que os indivíduos que possuem insuficiência renal bebam cerca de 2 a 3 copos de 200ml contendo água ou outro líquido (que não seja prejudicial para a saúde do paciente), somando ao volume de urina eliminado no dia. Ou seja, se a pessoa urina 700ml em um dia, ele poderá beber essa mesma quantidade de água, somando mais 600ml no máximo.

Não podemos deixar de ressaltar que essa bebida, mesmo sendo 0% álcool, é uma “caloria vazia”. O que significa esse termo?

Chamamos de “calorias vazias”, os alimentos e bebidas que não possuem nutrientes importantes para o organismo do paciente e o nosso organismo como um todo. A cerveja sem álcool se enquadra exatamente neste conceito. Por conta dessa bebida ser de origem do trigo, da cevada, ou outras fontes, ela possui certa porção de carboidratos e poucos nutrientes essenciais para o funcionamento do corpo. Porém, embora essas informações sejam consideráveis, é recomendado que todas as dúvidas sejam explicadas diretamente com seu nutricionista, na qual será examinado todo o histórico clínico da pessoa e suas individualidades.

Quem tem problema de rins pode fumar?

O tabagismo é, de fato, um dos maiores causadores de inúmeras enfermidades e está associado a doenças crônicas graves. Podemos citar a tuberculose, infecção respiratória, úlcera gastrointestinal, impotência sexual, infertilidade em homens e mulheres, osteoporose, catarata, além de, novamente, cânceres de pulmão, boca, laringe, estômago, bexiga e claro, no RIM. Essas são somente algumas doenças provocadas pelo consumo de cigarro. Deixando claro que, esses problemas que falamos acima atingem a população em geral, ou seja, incluindo as pessoas não diagnosticadas com insuficiência renal.

E sobre aqueles que sofrem com a perda da função dos rins? O quanto esse vício pode ser mais prejudicial e trazer ainda mais complicações para a saúde do paciente?

Uma vez que o portador de insuficiência renal está mais vulnerável às complicações associadas ao funcionamento do organismo devido ao mau funcionamento dos rins, ele está propício a desenvolver condições relativas às outras estruturas do corpo humano. Os perigos são ainda maiores em quem também possui diabetes e pressão alta. A fumaça gerada pelo fumo possui agentes cancerígenos e compostos químicos (contendo mais de 7 mil, incluindo metais pesados e elementos radioativos) que migram para a circulação sanguínea e chegam em alta concentração aos rins, propiciando câncer nos rins e diversos outros problemas.

Saiba mais sobre essa doença: https://nefroclinicas.com.br/4-de-fevereiro-dia-mundial-de-combate-ao-cancer-como-prevenir-o-cancer-de-rim/

Esse hábito também contribui com o surgimento de quadros de hipertensão por causar o engrossamento da parede arterial, podendo se manter mesmo após o fim deste costume, além do risco de aparecimento da doença aterosclerótica, enfermidade que ataca as artérias e causa obstrução ou bloqueio do fluxo sanguíneo de órgãos vitais para o desempenho do corpo. Isso não só pode provocar enfartos, angina cardíaca, danos glomerulares e outras condições, como também poderá comprometer ainda mais a função dos rins, atrapalhando a continuação da hemodiálise ou outro método de tratamento que exerce os papéis do órgão.

Como parar de fumar?

Se você é fumante e deseja eliminar esse hábito em benefício da sua saúde, especialmente dos rins, saiba que essa é uma das melhores decisões que você pode tomar em sua vida. Contudo, todos nós sabemos que não é nada fácil se livrar de um vício, principalmente do tabaco. Devido a nicotina possuir propriedade psicoativas que geram alterações no sistema nervoso central, algumas modificações no estado emocional e comportamental do usuário pode induzir ao abuso e dependência.

Pensando em auxiliar aqueles que se encontram nessa situação e desejam abandonar o cigarro, listamos algumas dicas que podem te ajudar nessa caminhada:

  • Encontre um propósito ou motivo específico que te encorajou a parar
  • Marque um dia para parar
  • Corte os gatilhos do fumo
  • Livre-se das lembranças de cigarro
  • Avise seus amigos e familiares da sua decisão e peça para que eles não te convidem para fumar
  • Substitua por hábitos saudáveis como atividades físicas e alimentação mais equilibrada
  • Procure grupo de apoio para trocar experiências
  • Procure ajuda médica e psicológica
  • Tenha paciência e determinação

Lembre-se, parar de fumar vale a pena em qualquer época da sua vida e só irá te trazer benefícios, porém, o quanto mais cedo tomar essa iniciativa, menor serão os danos causados por este hábito à sua saúde, mesmo já sendo diagnosticado com alguma doença.

Qual a importância do acompanhamento psicológico neste processo?

O acompanhamento psicológico é muito importante tanto em pacientes com insuficiência renal que desejam se livrar do álcool e do cigarro, quanto aqueles não diagnosticados com essa condição. A princípio, o psicólogo responsável pelo tratamento identifica os principais pontos e aspectos envolvidos no consumo do tabaco ou bebidas alcóolicas, que podem definir se o paciente é dependente, se está relacionado a questões emocionais ou outros fatores específicos.

É preciso dizer que o tratamento psicológico exige paciência por parte do indivíduo pois assim como foi dito acima, um vício nunca é fácil de abdicar. Isto é, excluir o hábito de imediato dificilmente será eficaz, uma vez que, geralmente, a pessoa possui gatilhos que interferem negativamente no processo.

Muitos não sabem, mas existe um ramo de atuação único da psicologia para atender pacientes renais: A psiconefrologia.

Abaixo falaremos mais sobre este profissional.

https://www.youtube.com/watch?v=9iJnfkTEveo

Para falar um pouco mais sobre o assunto, convidamos nossa psicóloga Marina Cunha, da NefroClínicas Belo Horizonte.

O que é psiconefrologia?

A psiconefrologia é um ramo de atuação da psicologia que trata da saúde mental dentro do âmbito da Nefrologia, ou seja, aos pacientes portadores de doenças renais que realizam algum método voltado a substituição da função dos rins. Sejam as terapias renais substitutivas que compreendem a diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração, transplante renal ou o tratamento que adota medidas clínicas de prevenção para retardar o avanço da doença renal crônica, na qual chamamos de tratamento conservador.

Devido a DRC ser uma condição que acarreta a perda lenta e progressiva da função dos rins, até o momento em que o órgão não consegue mais funcionar bem o suficiente para garantir o equilíbrio do organismo, ela não apresenta manifestações e age de forma silenciosa. Inevitavelmente, quando a pessoa descobre que foi diagnosticado com a doença, ela recebe a notícia de forma inesperada. Essa reação pode gerar vários sentimentos negativos que variam desde angústia, ansiedade, medo, raiva e diversos outros associados ao descobrimento da doença. Posteriormente, após a consulta com o médico Nefrologista, é indicado o início do tratamento renal adequado de acordo com a sua individualidade.

Diante desse cenário, a intervenção de um psicólogo nesse contexto se torna fundamental para a saúde mental e qualidade de vida do paciente, consequentemente favorecendo a evolução do tratamento.

https://www.youtube.com/watch?v=wHLeiY9UJWU

A psicóloga Ana Paula da NefroClínicas Brasília, falou um pouco sobre a psiconefrologia. Entenda!

Saiba tudo sobre a psiconefrologia: https://nefroclinicas.com.br/psiconefrologia-qual-o-papel-do-psicologo-na-doenca-renal-cronica/

Uma estrutura completa para te receber!

Se você busca por uma clínica especializada em Nefrologia que preza pela garantia de um atendimento ímpar durante toda a sua jornada enquanto usufrui dos nossos serviços, esse é o lugar ideal! Nosso objetivo é te proporcionar todo conforto e eficácia no decorrer dos tratamentos voltados para a perda da função renal, como as terapias renais substitutivas que integram a diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração, transplante renal, tratamento conservador, dentre outros métodos de prevenção com a finalidade de assegurar a saúde dos seus rins.

A NefroClínicas possui unidades espalhadas por 4 estados brasileiros! Se você se encontra nas regiões de Belo Horizonte-MG, Brasília-DF, Ipanema-DF ou São Luís-MA, venha nos visitar pois estamos prontos para te receber! Todas as clínicas detêm de uma estrutura completa, composta por um corpo clínico renomado juntamente com um time multidisciplinar especializado que inclui psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais.

Oferecemos toda linha de cuidados relacionados à saúde dos rins, sempre zelando pelo carinho, atenção e acolhimento ao paciente portador da doença renal crônica que optou pela NefroClínicas como um lar onde ele poderá contar com uma experiência em nefrologia diferenciada. Proporcionamos aos nossos clientes, tratamentos completos e humanizados, além do programa diálise em trânsito, na qual o paciente poderá viajar sem precisar interromper o seu tratamento. Fornecemos todo conforto de uma clínica premium para o seu bem-estar, uma equipe de Enfermagem altamente capacitada e premiada pelo Coren-MG como destaque da Enfermagem de Minas Gerais por seu desempenho ao atender nossos pacientes e uma tecnologia de ponta em equipamentos de diálise para confirmar que o tratamento ocorra de uma maneira ainda mais eficiente e segura, trazendo melhor qualidade de vida a quem está conosco.

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