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Sintomas e doenças

Obesidade e doença renal crônica: Qual a relação?

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A obesidade é um dos grandes problemas de saúde pública mundial. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2022, o Brasil terá quase 30% de adultos obesos em 2030. No mundo todo, o excesso de peso deve atingir cerca de 1 bilhão de pessoas até 2030. Essa pesquisa foi realizada pela Federação Mundial da Obesidade, sociedade voltada para a redução e tratamento da doença. Não é novidade para ninguém que esse problema é um fator de risco para o avanço de uma série de condições, principalmente problemas relacionados à diabetes, doenças cardiovasculares e doenças renais. Antes de aprofundarmos sobre essa relação, é necessário entendermos um pouco sobre o que consiste a doença renal crônica e como ela afeta o nosso organismo.Esta doença é caracterizada pela diminuição lenta e progressiva (por meses ou anos) da função dos rins, ou seja, na capacidade do órgão em filtrar as toxinas encontradas no sangue. Para compreendermos de fato sobre a gravidade dessa condição, segundo dados apontados pela SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia), uma a cada 10 pessoas no mundo corre risco de ter problemas renais. Em números, os dados indicam que o Brasil possui aproximadamente 140 mil pacientes em estados mais graves da doença renal crônica e consequentemente necessitando de algum método de diálise. E não é somente isso, ainda de acordo com a SBN, a estimativa é que em 2040, a doença seja a 5ª maior causa de morte no mundo.Essas informações comprovam a magnitude desse problema e a importância da prevenção e cuidado relacionados a saúde dos nossos rins, órgão FUNDAMENTAL para o funcionamento adequado do nosso organismo.

Mas afinal, qual a ligação entre essas duas condições?

Leia mais sobre doença renal crônica:https://nefroclinicas.com.br/doenca-renal-cronica/

Qual a relação entre obesidade e doença renal?

Assim como dito no início da leitura, a obesidade é um grande fator de risco no desenvolvimento de doenças renais, incluindo a doença renal crônica. Aspectos dietéticos, incluindo alguns padrões alimentares, são identificados como possíveis causas para esse problema. Isso porque, em indivíduos afetados pela obesidade, ocorre a hiperfiltração, ou seja, o desempenho de maneira intensa da função dos rins por conta do alto índice de massa corporal, ocorrendo uma sobrecarga ao órgão. Esse quadro geralmente ocorre quando os rins são exigidos a fazer a filtragem do sangue acima dos níveis considerados “normais” para assegurar as demandas metabólicas geradas pelo excesso de massa corpórea.https://www.youtube.com/watch?v=mUb4YsY-iKI&t=2sNossa nutricionista Isis Oliveira, da unidade de Belo Horizonte, explica um pouco sobre essa relação. Confira!

A doença renal crônica é dividida em 5 estágios. Saiba quais:

DRC Estágio 1

No estágio 1, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é maior ou igual a 90ml/min.Antes de tudo, esta é a fase mais precoce da doença. Nesse estágio, o rim ainda desemprenha sua função, filtrando mais de 90ml de sangue por minuto. Ainda assim, o paciente já apresenta sinais de lesão renal (como perda de proteína no sangue pela urina), que poderão comprometer o funcionamento dos rins a longo prazo. Se não for tratada no estágio 1, a DRC poderá avançar para o estágio 2.

DRC Estágio 2

No estágio 2, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) está entre 60 e 89ml/min.Apesar disso, pacientes classificados neste estágio já estão com a filtração renal levemente comprometida, mas ainda não apresentam sintomas. Também chamada de pré-insuficiência renal, essa fase é comum em idosos, quando o envelhecimento do rim afeta seu funcionamento.Imediatamente o tratamento é focado no controle dos fatores de risco para evitar que a DRC avance para um quadro mais preocupante.

DRC Estágio 3

Sob o mesmo ponto de vista, no estágio 3, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) está entre 45 e 59ml/min.É nesse estágio que o paciente começa a apresentar os primeiros sintomas, como anemia e doença óssea, mas ainda de forma discreta. A partir dessa fase, já é indicado um tratamento conservador, que consiste em retardar a progressão da doença e conservar a TFG pelo maior tempo de evolução possível.Sem o tratamento, os pacientes no estágio 3 podem evoluir para a perda progressiva da função renal.

DRC Estágio 4

No estágio 4, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) está entre 15 e 29ml/min.

Esse estágio, também chamado de pré-dialítico, já é considerado crítico. Como o volume de sangue filtrado é baixo, têm-se o acúmulo de toxinas no sangue, causando desnutrição, anemia, enfraquecimento ósseo, cansaço e edemas.

Pacientes nesse estágio apresentam diversas alterações em seu exame de sangue, como aumento de potássio, fósforo e PTH, além da redução dos níveis de cálcio e hemoglobina (sinais de anemia).  

Além da manutenção do tratamento conservador, esse estágio inclui o preparo adequado para o início da Terapia Renal Substitutiva (hemodiálise). O preparo se dá através de uma pequena cirurgia, realizada para confeccionar uma fístula por meio da junção de uma artéria em uma veia. Essa junção resulta no aumento do fluxo de sangue, facilitando a punção com as agulhas da hemodiálise. Quando a diálise é realizada pela fístula em vez do cateter, o risco de infecção é menor.

DRC Estágio 5

No estágio 5, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é inferior a 15ml/min.

Neste momento, o rim já não é capaz de manter seu funcionamento básico. A maioria dos pacientes apresenta sintomas como náuseas, vômitos, descontrole da pressão, perda do apetite e perda de peso. Também podem surgir sintomas como a redução da quantidade de urina (que ocasiona inchaço e falta de ar devido ao acúmulo de líquido nos pulmões), anemia grave e arritmia cardíaca (devido à elevação do potássio e da acidez no sangue).

Inicia-se a Terapia Renal Substitutiva que, como o nome indica, “substitui” o órgão. É realizada alguma modalidade de diálise ou o transplante de rim.

Todo indivíduo com sobrepeso ou obeso deve ser examinado por um médico nefrologista para que seja avaliada sua função renal e posteriormente encaminhado ao nutricionista para que seja prescrita a dieta adequada.Agende sua consulta

Como a obesidade afeta a função renal?

Pessoas que apresentam níveis de gordura acima dos padrões considerados “normais”, como sobrepeso ou obesidade, possuem entre duas e sete vezes mais chances de ter colapso dos rins, ou seja, quando a pressão alta leva ao estreitamento dos vasos do órgão e os nefrons (estrutura responsável pela formação da urina) vão sendo destruídos de forma progressiva por falta de irrigação, provocando graves casos de doenças renais. Não sendo o suficiente, além da obesidade causar o avanço da doença renal crônica, ela também pode influenciar outros fatores, por predispor à nefropatia diabética, nefroesclerose hipertensiva e glomeruloesclerose segmentar e focal. Ambas as condições manifestam com o agravamento da insuficiência renal.Por conta disso, a probabilidade de o indivíduo desenvolver diabetes tipo 2 e problemas cardíacos, como a alteração pressão arterial, aumenta consideravelmente, assim como as lesões renais agudas. Portanto, a prevenção é primordial! Além de manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos com regularidade e realizar avaliações do estado nutricional, é fundamental seguir a dieta prescrita pelo nutricionista, com possibilidade de ajustes de acordo com o atual estado clínico do paciente.A NefroClínicas dispõe de uma equipe multidisciplinar altamente qualificada para te atender. Para agendar sua consulta é muito simples, basta nos enviar uma mensagem pelo whatsapp e te encaminharemos ao profissional adequado.

Qual a dieta para o paciente renal?

É importante se atentar às necessidades adotadas para cada tipo de paciente. Para aqueles que já apresentam insuficiência renal crônica (IRC) e são submetidos a diálise através das terapias renais substitutivas (Hemodiálise, Hemodiafiltração e Diálise Peritoneal) é necessário ter cuidado com alimentos ricos em potássio, pois podem causar cãibras, fraqueza muscular e até mesmo arritmias cardíacas. O fósforo é outro elemento comumente observado, pois junto com o cálcio, ele auxilia na saúde dos ossos. Seu excesso no organismo pode causar coceira e fraqueza nos ossos. A ingestão proteica deve ser controlada, isso porque, níveis elevados de proteína podem elevar a ureia e causar sintomas como náuseas, vômitos e falta de apetite.Contudo, listaremos alguns desses hábitos alimentares para implementar na sua rotina e auxiliar no cuidado e saúde dos seus rins. Confira:

Alimentos importantes para pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC)

Verduras e legumes
Frutas com baixo teor de potássio
  • Alface
  • Abóbora
  • Abobrinha
  • Almeirão
  • Brócolis
  • Cenoura
  • Couve-flor
  • Quiabo
  • Abacaxi
  • Maçã
  • Banana-maçã
  • Caju
  • Laranja

https://www.youtube.com/watch?v=UzeJkcJREYYNosso nutricionista, Ricardo da NefroClínicas de Belo Horizonte-MG, dá algumas dicas de alimentos e hábitos que previnem contra doenças renais. Veja!Vale ressaltar que cada caso deve ser examinado de forma individual e somente através da consulta com o nutricionista será possível estabelecer a melhor dieta de acordo com a condição clínica de cada paciente, atendendo suas necessidades e particularidades.Fale com nosso nutricionista

4 Alimentos que causam obesidade e problemas nos rins

Confira 4 alimentos que causam obesidade e por consequência, comprometem o funcionamento de vários de nossos órgãos, inclusive os rins. Consumindo esses alimentos em excesso, o processo ocorre da seguinte maneira: sobrepeso, obesidade, comorbidades (em especial a hipertensão e diabetes) e por final, a doença renal crônica.

  • Bebidas açucaradas
  • Biscoito recheado
  • Frituras
  • Fast Food

Se você se preocupa com a sua saúde física e renal, é fundamental se atentar aos seus hábitos alimentares e principalmente agendar uma consulta com o seu nutricionista para que seja possível prescrever uma dieta que te promova melhor saúde e bem-estar.

Como prevenir a doença renal crônica?

É importante listarmos algumas práticas que colaboram com a prevenção da doença renal, afinal, existem fatores de risco responsáveis por desenvolver algum tipo de problema para os rins. Evitar ou tratar esses fatores é a única forma de prevenção, além de contribuírem consideravelmente tanto para a sua saúde renal quanto física. Essas práticas recomendadas incluem:

  • Fazer exercícios físicos regulares
  • Evitar o excesso de sal, carne vermelha e gorduras
  • Controle de peso corporal
  • Controle da pressão arterial
  • Controle do colesterol e glicose
  • Não fumar
  • Não abusar de bebidas alcóolicas
  • Evitar uso de anti-inflamatórios não hormonais
  • Ter cuidados com quadros de desidratação
  • Realizar exames laboratoriais regulares
  • Consultar regularmente seu médico nefrologista
  • Não fazer uso de medicamentos sem prescrição médica

Idosos, portadores de doenças cardiovasculares e pessoas que possuem histórico familiar de doenças renais, apresentam maiores possibilidades de desenvolver algum problema nos rins. Contudo, é importante agendar uma consulta com o médico nefrologista para que seja investigado, assim como a realização de exames específicos.Quais exames seriam esses? Para entender melhor sobre um dos principais exames que detectam alterações renais,acesse nosso texto: https://nefroclinicas.com.br/creatinina-o-que-e-o-que-faz-e-quando-o-exame-e-indicado/https://www.youtube.com/watch?v=qc2O4sWIW54&t=4sComo fazer essa prevenção da doença renal crônica? Confira o vídeo do nosso nefrologista, Dr. Fabrício Marques, e saiba quais exames indicam alterações da função renal.

Afinal, o que eu como hoje, pode prejudicar meus rins amanhã?

A resposta é SIM! Nossa alimentação está completamente associada à saúde dos nossos rins. Para aquelas pessoas que não sofrem com nenhuma doença renal, não existe uma restrição alimentar específica, porém é essencial definir uma rotina alimentar equilibrada e saudável para preservar a sua função renal e controlar os fatores de risco.Uma dieta de qualidade é capaz de minimizar os danos causados pela falta da filtragem dos excessos e impurezas encontradas no sangue e deixam de controlar a quantidade de minerais como sódio, potássio, fósforo e cálcio. Portanto, é muito importante se atentar aos alimentos que possam prejudicar o funcionamento do seu organismo nesse momento.É fundamental adotar uma dieta que possa suprir todas as necessidades para manutenção da homeostasia do organismo e com isso auxiliar no bom funcionamento renal. Contudo, é importante incluir e excluir alguns hábitos alimentares para auxiliar em todo o processo.Esse procedimento demanda acompanhamento constante de uma equipe multidisciplinar e muito empenho por parte do paciente. Portanto, nós da NefroClínicas, estamos à disposição para te ajudar nessa reeducação alimentar e temos profissionais prontos para organizar a melhor dieta para sua atual condição e promover melhor saúde renal. Recomendamos realizar esse acompanhamento nutricional para que os seus rins recebam o melhor tratamento possível!https://www.youtube.com/watch?v=6uMVIeRcTm8&t=43sNossa nutricionista da unidade de Brasília, Caroline Lopes, aproveitou que ainda estamos em Julho para fazer uma receita muito gostosa inspirada nas comidas típicas de festa junina, com baixo teor de potássio! Ideal para pacientes portadores de doenças renais. Confira e não esqueça de experimentar!

Uma estrutura completa para te oferecer

Se você tem dúvidas sobre assuntos relacionados a obesidade, doenças renais, tratamentos voltados a terapias renais substitutivas como diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração ou transplante renal, entre outras formas de prevenção para garantir a saúde dos seus rins, a NefroClínicas possui unidades espalhadas por 4 estados brasileiros! Todas as clínicas possuem uma estrutura completa, composta por um corpo clínico multidisciplinar especializado. Oferecemos toda linha de cuidados relacionados à saúde dos rins, sempre prezando pelo carinho, atenção e acolhimento ao paciente portador dadoença renal crônicaque optou pela NefroClínicas como o lar onde ele poderá contar com um atendimento ímpar durante toda sua jornada enquanto usufrui dos nossos serviços. Proporcionamos aos nossos pacientes, tratamentos completos e humanizados, além do programa diálise em trânsito, na qual o paciente poderá viajar sem precisar interromper o seu tratamento. Fornecemos todo conforto de uma clínica premium, umaequipe de enfermagem altamente capacitada e premiada pelo Coren-MGao seu desempenho para atender nossos pacientes e uma tecnologia de ponta para garantir que o tratamento ocorra de uma maneira ainda mais eficaz afim de trazer melhor qualidade de vida do nosso cliente.Clique aqui e conheça nosso corpo clínico de todas as unidades. Estamos prontos para te receber!Agende sua consulta

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