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Sintomas e doenças

O que é doença renal policística: Saiba como identificar

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Se você nunca ouviu falar dessa doença renal, é de extrema importância permanecer nessa leitura para que te possibilite entender melhor as causas, sintomas, formas de tratamento, complicações, restrições e prognósticos que tangem essa condição. Afinal, de acordo com o censo de Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), há mais de 100 mil pacientes em diálise no Brasil, sendo as doenças policísticas a quarta causa de diálise em nosso país.

O que é doença renal policística (DRP)?

Também conhecida como Síndrome renal policística, a DRP é um distúrbio de caráter progressivo e hereditário relativamente comum, onde várias bolsas são preenchidas por líquidos, formando cistos localizados no néfron de ambos os rins. Esses cistos contêm um material líquido semelhante ao plasma sanguíneo (cistos simples) ou semisólido (cistos complexos) em seu interior. O cisto simples é uma espécie de “bolha” que se acopla dentro do rim, se apresentando por uma cavidade arredondada de paredes finas e constituído por um líquido claro. Já o cisto complexo é formado por paredes grossas e irregulares, com septos, calcificações e feito por um conteúdo sólido em seu interior.Esse problema provoca o aumento gradativo dos dois órgãos e diminuição dos tecidos em funcionamento, causando em certas situações a perda da capacidade de execução das suas funções básicas, ou seja, a insuficiência renal. Em alguns casos essa perda de função dos rins pode ser pronunciada, levando o paciente a necessitar de alguma terapia de substituição renal, tais como hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante.A doença se expressa em consequência de uma mutação genética herdada, afetando cerca de 1 a cada 1000 pessoas no mundo e se manifestando em ambos os sexos, não importando a idade nem a etnia. Ou seja, essa condição pode se apresentar até mesmo em recém-nascidos. Contudo é fundamental agendar a consulta junto ao seu Nefrologista para a realização dos exames necessários e posteriormente dar início ao tratamento caso o diagnóstico seja confirmado.https://youtu.be/jDXwX5k9JSE"Ela se caracteriza pela formação desses cistos, que são bolhas que vão se formando no rim. Os dois lados, então acomete os dois rins bilateralmente e esses cistos vão provocando, ao longo dos anos, um crescimento lento e gradual do volume renal. E é exatamente esse crescimento dos rins que, em última análise, vai levar a perda da função. Em alguns casos, essa perda de função pode ser de tal ordem pronunciada, que os pacientes podem precisar de alguma terapia de substituição renal."Fernando Lucas - Nefrologista, Diretor médico do grupo NefroClínicas

Tipos de doença renal policística:

Existem dois tipos de doença renal policística: doença renal policística autossômica recessiva (DRPAR) e doença renal policística autossômica dominante (DRPAD). Ambas são consideradas autossômicas pois são transmitidas pelos genes não sexuais.A Doença renal policística autossômica recessiva (DRPAR) é mais rara e sua evolução para a insuficiência renal crônica ocorre de maneira mais intensiva, tendo incidência de 1 a 10.000 pessoas no mundo. Desta forma o paciente é indicado pelo médico especialista em doença dos rins (Nefrologista) a submeter ao procedimento de hemodiálise para eliminar os excessos de toxinas, sais minerais e líquidos do sangue, uma vez que os rins não serão capazes de realizar esse trabalho. Ela pode se manifestar já durante a infância e adolescência, podendo estar associada a complicações hepáticas pulmonares graves, podendo levar a pessoa ao óbito.Ao contrário, a doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) é mais comum e suas manifestações clínicas são raras antes da fase adulta. Nesta condição, geralmente, o diagnóstico é feito com mais facilidade naqueles que já possuem histórico familiar, ou seja, basta um dos pais possuir rins policísticos para que exista a possibilidade de um dos filhos receber um gene defeituoso seja de 50%. A DRPAD é caracterizada pelo aparecimento e crescimento progressivo de cistos que se desenvolvem dentro dos rins, comprimindo as estruturas renais e substituindo os tecidos saudáveis. A consequência desse problema é a deformação e falência do órgão e o desenvolvimento para insuficiência renal.Para os pacientes que desenvolvem insuficiência renal crônica avançada, existem duas opções: diálise ou transplante renal.

Qual o melhor tratamento para doença renal policística?

Infelizmente durante muitos anos não havia um tratamento específico eficaz para esta doença. Porém, nos últimos anos, após diversos estudos e pesquisas que foram se desenvolvendo, surgiu um medicamento chamando Tolvaptan. Essa medicação possui a ação de retardar a progressão desta doença renal e já está sendo utilizada em inúmeros países, enquanto no Brasil, o medicamento ainda não foi implementado por questões de natureza burocrática.Também existem os métodos tradicionais utilizados para o tratamento de todas as outras doenças renais, com a finalidade de prorrogar o crescimento dos cistos e por consequência, a necessidade da hemodiálise, resultado da evolução da insuficiência renal avançada. Uma delas é o controle da pressão arterial (hipertensão). Quanto mais alta for a pressão, mais rápido a doença se desenvolve. O ideal é mantê-la abaixo de 130/80 mmHg.Desta forma, a consulta com o Nefrologista é essencial para que seja feita uma análise da gravidade da doença e assim dar entrada nas medicações necessárias de acordo com a atual situação do paciente.

O que o paciente com doença renal crônica pode e não pode comer?

Segundo os pesquisadores Dr. Thomas Weimbs, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (UCSB), nos Estados Unidos e pelo pesquisador de pós-doutorado Jacob Torres, existem hábitos alimentares muito importantes que auxiliam e tornam o tratamento da doença policística ainda mais eficaz. Segundo os estudos, um método de evitar e retardar esse crescimento é aderir a dieta cetogênica (jejum de carboidratos) para que o corpo comece a produzir energia a partir de gordura na ausência de glicose disponível. “Os cistos parecem ser amplamente dependentes da glicose”, explicou Dr. Weimbs. Em pacientes com predisposição para doença renal crônica (DRC), o consumo de açúcar em dietas ricas em carboidratos pode alimentar o crescimento e desenvolvimento dos cistos.A restrição do sal na dieta para controle da hipertensão e redução da excreção do sal nos rins também é um hábito importante a ser implementado. Outra maneira que propicia o desenvolvimento dos cistos é a desidratação, portanto é necessário ingerir bastante líquido, sendo em média 2 a 3 litros por dia (o suficiente para que a urina fique bem clarinha) para adiar essa progressão.Alguns estudos indicam que o consumo de cafeína também pode acelerar a evolução dos cistos nos rins, desta forma, até que essa informação prove sua segurança, é aconselhável que os pacientem evitem alimentos e bebidas que contenham cafeína.É importante destacar que o principal objetivo do tratamento é controlar os sintomas e buscar melhorar a qualidade de vida do paciente para evitar a diálise ou hemodiálise. Por isto, é imprescindível realizar uma consulta com o Nefrologista em junção com o Nutricionista para que os médicos possam realizar o acompanhamento do prognóstico após início do tratamento.

Como diagnosticar a doença renal policística?

O diagnóstico é feito por ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética dos rins através de uma consulta com seu Nefrologista.

Quais sintomas da doença renal policística?

Os sintomas da doença renal policística, em seu aspecto geral, costumam progredir de forma silenciosa. Os cistos em si não causam sintomas até avançarem em sua forma maior, quando eventualmente podem causar dor ou se romperem. Os pacientes também podem desenvolver cistos em outros órgãos como o fígado e o pâncreas, porém estes não costumam causar problemas nem perda de função.Os principais sintomas e complicações da doença renal policística são:

Principais sintomas da doença renal policística
  • Hematúria (sangramento urinário)
  • Dor na lombar
  • Hipertensão arterial
  • Perda de proteína na urina
Principais complicações da doença renal policística
  • Cálculo renal
  • Insuficiência renal crônica
  • Infecção urinária
  • Aneurisma cerebral

Em sua forma recessiva rara (DRPAR), onde a doença já é manifestada na infância, os cistos se tornam grandes ocorrendo um aumento considerável de volume no abdômen. Em recém-nascidos afetados, o bebê pode vir a óbito logo após o nascimento pois a insuficiência renal pode se apresentar no feto, impedindo o desenvolvimento dos pulmões. O fígado também é afetado e uma criança entre 5 a 10 anos pode desenvolver hipertensão portal ou hipertensão dos vasos sanguíneos que ligam o intestino e o fígado. Por fim, em estágios mais avançados, ocorre a insuficiência hepática e doença renal crônica, submetendo o paciente a hemodiálise.Já em sua forma dominante (DRPAD), os cistos se desenvolvem de maneira lenta em número e tamanho. Normalmente os sintomas começam no início ou meio da fase adulta, com mais frequência em pessoas com 20 anos e poucos anos. Em algumas ocasiões, os sintomas são tão leves que a pessoa consegue conviver a vida toda com a doença sem saber.Conheça a história do nosso paciente José Conceição Ramos:https://www.youtube.com/watch?v=14N4V1Qw5PQSe você sofre com essa condição ou se preocupa com a saúde e estado dos seus rins, procure um Nefrologista de sua confiança o mais rápido possível para iniciar os procedimentos necessários.Lembre-se, aqui na NefroClínicas temos um corpo clínico altamente qualificado composto por profissionais referência no ramo da nefrologia para te oferecer um tratamento seguro e eficiente.Não há dúvidas que prevenir é melhor do que remediar, principalmente quando falamos sobre saúde e qualidade de vida. Portanto agende sua consulta!Clique aqui e agende sua consulta

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