Doença Renal Crônica: O que é, quais são os estágios, causas, sintomas e tratamento?
Você sabe o que é doença renal crônica? Sendo esta, uma condição comum que acomete os nossos rins, cerca de dez milhões de pessoas no Brasil (destes, 90 mil em diálise) são diagnosticados por essa doença, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Embora seja uma patologia renal considerada grave, geralmente o paciente afetado pela DRC não manifesta sinais em sua fase inicial, exigindo ainda mais atenção aos sinais e sintomas.
Neste texto aprofundaremos mais sobre os sintomas, diagnóstico, tratamento, formas de prevenção, os estágios que essa enfermidade é classificada E MUITO MAIS!
Vamos lá? Fique conosco e vamos juntos!
O que é doença renal crônica?
Os nossos rins possuem o papel de realizar a filtragem do nosso sangue e ajudar a eliminar as toxinas do nosso organismo. Por isso, eles são fundamentais para o funcionamento do nosso corpo. A função renal é medida através da capacidade de filtração dos rins, que geralmente gira em torno de 90 a 120 ml/minuto. Quando essa taxa de filtração vai caindo e fica abaixo de 60 ml/minuto, e com um tempo superior a 3 meses, é que se caracteriza a doença renal crônica.
A doença renal crônica é, portanto, a perda lenta e gradual da função dos rins. Seu estágio final é conhecido como insuficiência renal crônica, quando é necessário fazer a diálise ou o transplante do rim.
Quais são os estágios da doença renal crônica?
A doença renal crônica é dividida em 5 estágios e todos são baseados na Taxa de Filtração Glomerular (TFG), que se refere ao volume de sangue que o rim é capaz de filtrar. Nesse sentido quando o órgão está saudável, essa taxa varia entre 90 a 130ml de sangue por minuto.
Em outras palavras para definir a Taxa de Filtração Glomerular, verifica-se o nível de creatinina no sangue do paciente. Entenda mais sobre cada um deles:
DRC Estágio 1
No estágio 1, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é maior ou igual a 90ml/min.
Antes de tudo, esta é a fase mais precoce da doença. Nesse estágio, o rim ainda desemprenha sua função, filtrando mais de 90ml de sangue por minuto. Ainda assim, o paciente já apresenta sinais de lesão renal (como perda de proteína no sangue pela urina), que poderão comprometer o funcionamento dos rins a longo prazo. Se não for tratada no estágio 1, a DRC poderá avançar para o estágio 2.
DRC Estágio 2
No estágio 2, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) está entre 60 e 89ml/min.
Apesar disso, pacientes classificados neste estágio já estão com a filtração renal levemente comprometida, mas ainda não apresentam sintomas. Também chamada de pré-insuficiência renal, essa fase é comum em idosos, quando o envelhecimento do rim afeta seu funcionamento.
Imediatamente o tratamento é focado no controle dos fatores de risco para evitar que a DRC avance para um quadro mais preocupante.
DRC Estágio 3
Sob o mesmo ponto de vista, no estágio 3, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) está entre 45 e 59ml/min.
É nesse estágio que o paciente começa a apresentar os primeiros sintomas, como anemia e doença óssea, mas ainda de forma discreta. A partir dessa fase, já é indicado um tratamento conservador, que consiste em retardar a progressão da doença e conservar a TFG pelo maior tempo de evolução possível.
Sem o tratamento, os pacientes no estágio 3 podem evoluir para a perda progressiva da função renal.
DRC Estágio 4
No estágio 4, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) está entre 15 e 29ml/min.
Esse estágio, também chamado de pré-dialítico, já é considerado crítico. Como o volume de sangue filtrado é baixo, têm-se o acúmulo de toxinas no sangue, causando desnutrição, anemia, enfraquecimento ósseo, cansaço e edemas. Pacientes nesse estágio apresentam diversas alterações em seu exame de sangue, como aumento de potássio, fósforo e PTH, além da redução dos níveis de cálcio e hemoglobina (sinais de anemia).
Além da manutenção do tratamento conservador, esse estágio inclui o preparo adequado para o início da Terapia Renal Substitutiva (hemodiálise). O preparo se dá através de uma pequena cirurgia, realizada para confeccionar uma fístula por meio da junção de uma artéria em uma veia. Essa junção resulta no aumento do fluxo de sangue, facilitando a punção com as agulhas da hemodiálise. Quando a diálise é realizada pela fístula em vez do cateter, o risco de infecção é menor.
DRC Estágio 5
No estágio 5, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é inferior a 15ml/min.
Neste momento, o rim já não é capaz de manter seu funcionamento básico. A maioria dos pacientes apresenta sintomas como náuseas, vômitos, descontrole da pressão, perda do apetite e perda de peso. Também podem surgir sintomas como a redução da quantidade de urina (que ocasiona inchaço e falta de ar devido ao acúmulo de líquido nos pulmões), anemia grave e arritmia cardíaca (devido à elevação do potássio e da acidez no sangue).
Inicia-se a Terapia Renal Substitutiva que, como o nome indica, “substitui” o órgão. É realizada alguma modalidade de diálise ou o transplante de rim.
https://www.youtube.com/watch?v=zcc-IED1v2E&t=11s
Confira o vídeo do Dr Fernando Lucas, Nefrologista e Diretor Médico do Grupo NefroClínicas, para saber mais sobre a doença renal crônica.
Quais são os sintomas da doença renal crônica?
A doença renal crônica é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas nos estágios iniciais. E, por isso, a maioria das pessoas tem o diagnóstico tardio, quando já está em uma fase mais avançada.
Em pacientes em um estágio mais avançado da doença, alguns dos sintomas que costumam aparecer são:
- Dor nas costas
- Inchaço no corpo
- Agravamento da pressão arterial
- Anemia
- Fraqueza
- Enjoos
- Vômitos
Qual o tratamento para a doença renal crônica?
Quando a doença renal crônica chega em seu estágio mais avançado, ou seja, na insuficiência renal, é necessário iniciar o tratamento com a terapia renal substitutiva. A terapia renal substitutiva é um tratamento de substituição da função renal, realizada através da hemodiálise, hemodiafiltração, diálise peritoneal ou transplante renal. Conheça um pouco sobre cada modalidade:
Diálise peritoneal
É uma técnica de substituição renal geralmente utilizada no estágio 5D da insuficiência renal crônica (onde a taxa de filtração glomerular (TFG) é inferior a 15 ml/min, impossibilitando o rim de exercer seu funcionamento básico), a fase mais avançada da doença. Em ocasiões de insuficiência renal aguda grave, é mais rara a utilização desse tratamento, sendo mais apropriado a hemodiálise e as técnicas dialíticas contínuas como a hemofiltração venovenosa em situações mais agudas. Como todo procedimento de substituição renal, esse método também possui suas vantagens e desvantagens. Para entender quais são, clique aqui e saiba mais.
Hemodiálise
A hemodiálise é um método que realiza a função dos rins em nosso corpo, retirando as todas as substâncias tóxicas, água e sais minerais pelo auxílio de um equipamento chamado dialisador. Naturalmente, os rins é que exercem esse papel fundamental no corpo humano, limpando e eliminando por meio da urina, as impurezas do organismo. Porém, uma vez que esse órgão está comprometido devido a doença, a hemodiálise age como um “rim artificial” e executa tais funções. Clique aqui e conheça tudo sobre a hemodiálise!
Hemodiafiltração
Também conhecido como HDF, a hemodiafiltração é uma modalidade de terapia renal substitutiva nascida no início dos anos 2000, na qual combina duas formas de filtragem: difusão e convecção. Essa técnica consiste na utilização de um filtro específico através de uma máquina capaz de remover as toxinas existentes no organismo do paciente em maior volume, que normalmente não são retiradas pela hemodiálise convencional. Esse método de terapia é mais eficiente pelo fato de exercer uma pressão mais forte capaz de “arrastar” essas substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea. Por ser uma modalidade relativamente nova no tratamento dialítico, a hemodiafiltração utiliza de altos recursos tecnológicos e oferece maior qualidade de vida para pacientes portadores da doença renal crônica. Especialistas afirmam que essa terapia é a que mais se aproxima das funções fisiológicas de um rim “normal” e proporciona maior conforto ao paciente por não apresentar algumas complicações em comparação com as demais terapias renais substitutivas, como quedas bruscas de pressão arterial, dores de cabeça, náuseas e fadiga durante as sessões, além de possuir menos restrições nutricionais.
Transplante renal
O transplante renal ou transplante dos rins atualmente é a melhor forma de tratamento para pacientes portadores de insuficiência renal crônica em sua fase terminal, estando em diálise peritoneal, hemodiálise ou fase pré-dialítica, sendo considerado uma opção completa e efetiva para que os pacientes possam ter melhor qualidade de vida, já que o novo órgão é capaz de executar suas funções normalmente, como filtrar as toxinas encontradas no sangue como a amônia, ureia e ácido úrico, conforme dito acima.
https://www.youtube.com/watch?v=_9yIyjeIAi8&t=3s
Assista o vídeo do Dr Tiago Ribeiro Lemos, médico nefrologista da NefroClínicas Ipanema-RJ, e entenda mais sobre os métodos de diálise.
https://www.youtube.com/watch?v=8RSH8IOtgp8
Dentre diversas dúvidas sobre tratamento da DRC, uma questão bastante frequente sobre essa condição é: Afinal, existe tratamento caseiro para a Doença Renal Crônica? Neste vídeo, nosso Nefrologista da NefroClínicas BH, Dr. Rafael Souza, irá responder essa pergunta.
Como prevenir a doença renal crônica?
2/3 das pessoas que fazem diálise hoje são por estilo de vida e motivos completamente evitáveis, seja por hipertensão, diabetes ou obesidade. Portanto, a mudança no estilo de vida é fundamental na prevenção de doenças crônicas que de a curto a longo prazo levam a doença renal crônica e necessidade de uma terapia substitutiva.
A mudança de estilo de vida é fundamental não apenas para prevenir, como também para evitar o agravamento dessa patologia. Mudanças de hábitos simples, como ter uma alimentação saudável, praticar atividade física e controlar o peso corporal continuam sendo o grande segredo para evitar a maioria das doenças.
Então, confira as nossas dicas para prevenir e evitar o agravamento das doenças renais crônicas:
- Controle o seu peso
- Pratique exercícios físicos regularmente
- Tenha uma alimentação saudável
- Evite o excesso de sal e açúcar
- Controle a pressão arterial
- Evite ingerir bebidas alcoólicas em excesso
- Não fume
- Controle o colesterol
- Hidrate-se regularmente
- Faça um check-up médico anualmente (exames de rotina como o exame de urina e dosagem de creatinina)
Como é feito o diagnóstico da doença renal crônica?
Os principais exames para o diagnóstico são os exames de urina e a dosagem da creatinina no sangue. Estes exames são exames simples, baratos e disponíveis em todo o mundo.
Como a doença renal crônica é silenciosa, o diagnóstico precoce pode evitar o agravamento da doença e salvar vidas. Por isso, fazer um check-up médico, com exames de rotina como de urina e creatinina, é fundamental. E é ainda mais essencial para as pessoas que apresentam fatores de risco, como diabetes, hipertensão, obesidade ou histórico familiar.
https://www.youtube.com/watch?v=gRd5QQ24bi4&t=3s
Neste vídeo, nossos médicos nefrologistas da NefroClínicas Belo Horizonte, Dr Fabrício Marques e Dra Marcia Abreu, falam sobre os exames como creatinina e urina, capazes de diagnosticar a doença renal crônica.
“É possível complementar com alguns exames de imagem como o ultrassom, porém os exames de urina e creatinina diagnosticam a maior parte das alterações na função renal.” Dr Fabrício Marques Nefrologista da NefroClínicas BH
Quais são os fatores de risco para a doença renal crônica?
Os principais fatores de risco da doença renal crônica são:
- Diabetes
- Hipertensão
- Obesidade
- Idosos
- Histórico de doença renal crônica na família
https://www.youtube.com/watch?v=rlO2WR8af5g https://www.youtube.com/watch?v=yLGBGbLErYk
Nestes vídeos, nossas nefrologistas Dra. Michele Hostalacio e Dra Fernanda Martins, falam um pouco sobre dois dos fatores de risco para a doença renal crônica. Confira!
Como calcular a função renal?
Através da dosagem da creatinina, juntamente com dados como a idade e sexo da pessoa, é possível calcular e ter uma estimativa do percentual de funcionamento renal ou taxa de filtração glomerular. O resultado norteia o grau de disfunção renal, ajuda nas decisões terapêuticas e na inferência prognóstica de risco para necessidade de diálise ou transplante.
Aqui no site da NefroClínicas está disponível a calculadora CKD-EPI que analisa por meio da creatinina do sangue (é necessário ter um exame recente em mãos), idade e sexo do paciente, a taxa de função renal. Mas, lembre-se de que é fundamental que o resultado seja avaliado por um especialista na área para garantir o melhor uso dessa informação.
Descobri que estou com problema nos rins, e agora?
Por meio de uma consulta com um nefrologista, ele vai solicitar alguns exames para ter um diagnóstico mais preciso, colhendo amostras de urina e sangue e em caso de positivo para doença crônica renal, ele irá entrar com um tratamento específico para cada paciente.
O primeiro hábito que o paciente será aconselhado a mudar é a dieta e controle maior dos alimentos, além de ajustes em medicamentos. Casos mais simples de doenças dos rins se resolvem apenas com ajustes na alimentação e outros bons hábitos de vida. Em casos mais graves pode ser indicada a diálise peritoneal, hemodiálise e até mesmo transplante.
https://www.youtube.com/watch?v=OCKv_GdpQFs
Conheça a história da Maria Vianney, paciente da NefroClínicas que começou a hemodiálise em março de 2021 e fez a transação para diálise peritoneal, obtendo melhores resultados em seu tratamento. Neste vídeo ela explica como foi esse processo de mudança e os benefícios causados em sua vida após essa decisão, destacando mais uma vez as vantagens dessa técnica como método de terapia renal substitutiva.
Onde encontrar os melhores nefrologistas?
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