Insuficiência renal: O que é, quais são os sintomas, causas, diagnóstico e tratamento?
A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Em números, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), cerca de dez milhões de pessoas no Brasil são diagnosticados por essa condição (destes, 90 mil em diálise).Essa condição se caracteriza pela perda lenta e gradual da função dos rins ao longo do tempo, levando a uma série de complicações e desafios na vida dos pacientes. Embora muitas pessoas não estejam familiarizadas com a insuficiência renal crônica, é crucial compreender a sua importância, uma vez que um diagnóstico precoce e um tratamento adequado podem fazer toda a diferença na qualidade de vida e na sobrevida dos pacientes.Neste texto, exploraremos os sintomas, causas, diagnóstico e diversas formas de tratamento disponíveis para a doença renal crônica. Continue conosco para entender melhor sobre essa doença que afeta os rins e as maneiras que a medicina moderna adota para aliviar o sofrimento e melhorar a saúde dos indivíduos afetados.Mas antes, para que seja possível contextualizar melhor, vamos falar um pouco sobre a função dos rins?
Quais são as funções dos Rins?
Cuidar dos nossos rins e do próprio corpo para entender o que cada parte dele faz para manter o equilíbrio e o bom funcionamento do organismo é fundamental. Muitas vezes, as pessoas não sabem exatamente para que servem determinados órgãos, por isso é importante informar aos interessados em saber mais.Os rins exercem várias funções no corpo humano e por isso vamos dividir em alguns tópicos para citar as principais delas.Filtragem do sangue para eliminar substâncias tóxicas: Primeiro de tudo, os rins são importantes para realizarem uma filtragem do sangue, encontrando diversas substâncias com potencial nocivo, como a ureia e a amônia. Eles também serão os responsáveis por auxiliar no trabalho de expulsão destas substâncias.Não à toa, os rins podem ser considerados os principais atores do sistema excretor, com importância fundamental para a formação da urina, capaz de expelir diversas substâncias indesejadas.Equilíbrio do organismo: Os rins também desempenham função essencial na manutenção do equilíbrio do organismo, já que são capazes de regular a quantidade de substâncias como potássio, fósforo, sódio e outras, no corpo. Assim, nada fica em excesso, o que pode causar danos, e nem em falta. A partir disso, a água se distribui melhor pelo organismo, o mesmo ocorre com o sangue e o funcionamento do corpo acaba sendo ideal.Além disso, os rins são parte essencial no trabalho de manutenção do equilíbrio do pH do sangue, já que são capazes de eliminar as toxinas para alcançar o balanço ideal.Produção de hormônios importantes: Além das funções de regulagem para o corpo humano, os rins também têm função na produção de determinados hormônios, por exemplo, a aldosterona, que auxilia no balanço eletrolítico do corpo, e a eritropoietina, responsável pela correta produção de glóbulos vermelhos, auxiliando, portanto, na formação das hemáceas e diminuindo os riscos de anemia.Ativação de vitaminas: Para completar, ainda podemos citar o fato de que os rins têm importância na ativação da vitamina D no corpo humano. Como se sabe, essa substância é fundamental para os ossos, mantendo-os fortificados. Além disso, também ajudam na manutenção da imunidade e na saúde cardiovascular; ou seja, atua em todas as áreas possíveis, e os rins têm participação nisso.Estas são algumas das principais funções dos rins. Eles são essenciais no sistema excretor, na manutenção do equilíbrio, no correto funcionamento e movimentação da água e do sangue pelo corpo, entre várias outras atividades. Portanto, é indispensável mantê-los sempre saudáveis e, em caso de alguma doença renal, crônica ou aguda, o correto diagnóstico e tratamento médico.
O que insufiência renal crônica?
A insuficiência renal crônica (IRC) é uma condição médica debilitante que se desenvolve ao longo do tempo, afetando a capacidade dos rins de desempenhar suas funções essenciais. Os rins são órgãos vitais responsáveis por filtrar resíduos e excesso de substâncias do sangue, regulando o equilíbrio de eletrólitos, produzindo hormônios importantes e controlando a pressão arterial.Existem dois tipos de insuficiência renal: a aguda e a crônica: Na insuficiência renal crônica a lesão vem ocorrendo ao longo de anos. Nessa situação não há cura e a pessoa com essa doença na forma terminal deve fazer um tratamento que substitua os rins e possibilite a manutenção da vida. Esse deve ser feito, na maioria dos casos, pelo resto da vida.Já na insuficiência renal aguda, a incapacidade de filtrar instala-se de forma abrupta e pode ser decorrente de uma infecção grave, uma nefrite ou mesmo por conta do uso de um medicamento. Nessa situação, a disfunção pode ser temporária e o quadro é potencialmente reversível. Muitas das vezes está associada a quadros muito graves e pode inclusive contribuir para a morte.
Quais são os sintomas da insufiência renal?
Os sintomas da insuficiência renal podem variar dependendo do estágio da doença e da gravidade do comprometimento da função renal. Nos estágios iniciais, a insuficiência renal crônica (IRC) pode ser assintomática ou apresentar sintomas sutis que muitas vezes passam despercebidos. Conforme a doença progride, os sintomas tendem a se tornar mais evidentes. Alguns dos sintomas comuns da IRC incluem:
- Inchaço, geralmente nas pernas, pés ou tornozelos e ao redor dos olhos;
- Dores de cabeça;
- Coceira em algumas partes do corpo;
- Cansaço durante o dia e ter problemas de sono à noite;
- Enjoo, perda do paladar, falta de fome ou perda de peso;
- Excesso de vontade de urinar, fazer pouca ou nenhuma urina;
- Câimbras musculares, fraqueza ou dormência;
- Dor, rigidez ou fluido nas articulações;
- Confusão mental, ter problemas para se concentrar ou ter problemas de memória;
Realizar o seu tratamento pode ajudá-lo a evitar ou tratar a maioria desses sintomas. Rins saudáveis evitam o acúmulo de resíduos e fluidos extras em seu corpo e equilibram os sais minerais em seu sangue, como cálcio, fósforo, sódio e potássio.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é fundamental para controlar a IRC e retardar sua progressão. Os testes de função renal, como a dosagem de creatinina no sangue e a taxa de filtração glomerular (TFG), são frequentemente utilizados para avaliar a função renal. O tratamento da insuficiência renal crônica envolve uma abordagem multifacetada, que pode incluir mudanças na dieta, controle de doenças subjacentes, medicamentos para controlar os sintomas e, em casos graves, terapias de substituição renal, como a diálise ou o transplante renal.A insuficiência renal crônica é uma condição que exige uma atenção cuidadosa e acompanhamento médico regular, mas com o tratamento adequado e o gerenciamento adequado dos fatores de risco, muitas pessoas podem manter uma boa qualidade de vida e evitar complicações graves associadas a essa condição. Portanto, é fundamental que as pessoas estejam cientes dos sintomas e das causas da IRC, buscando orientação médica caso apresentem quaisquer sinais de alerta.https://www.youtube.com/watch?v=gRd5QQ24bi4Confira o vídeo do Dr Fabrício Marques e Dra Marcia Abreu, médicos nefrologistas da NefroClínicas Belo Horizonte e tire suas dúvidas sobre o diagnóstico e exames como creatinina e urina.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco da insuficiência renal são:
- Diabetes;
- Hipertensão;
- Obesidade;
- Idosos;
- Histórico de doença renal crônica na família.
https://www.youtube.com/watch?v=sjyYEdggVSUAssista o vídeo do Dr Augusto Cesar, nefrologista da NefroClínicas Belo Horizonte, e saiba se você apresenta algum dos fatores de risco.
Tratamento
Quando a doença renal crônica chega em seu estágio mais avançado, ou seja, na insuficiência renal, é necessário iniciar o tratamento com a terapia renal substitutiva.A terapia renal substitutiva é um tratamento de substituição da função renal, realizada através da hemodiálise, hemodiafiltração, diálise peritoneal ou transplante renal.Mas, afinal, qual é o melhor método para fazer diálise? Muita gente pergunta: Preciso fazer diálise, e agora? Qual é o melhor método de diálise: hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal? Não existe receita de bolo! Portanto, o melhor método vai depender de cada paciente. E a escolha do melhor tratamento deve ser feita pelo paciente junto ao seu médico nefrologista.Falaremos brevemente sobre cada método utilizado para substituir a função dos rins:
Diálise Peritoneal
É uma técnica de substituição renal geralmente utilizada no estágio 5D da insuficiência renal crônica (onde a taxa de filtração glomerular (TFG) é inferior a 15 ml/min, impossibilitando o rim de exercer seu funcionamento básico), a fase mais avançada da doença. Em ocasiões de insuficiência renal aguda grave, é mais rara a utilização desse tratamento, sendo mais apropriado a hemodiálise e as técnicas dialíticas contínuas como a hemofiltração venovenosa em situações mais agudas. Como todo procedimento de substituição renal, esse método também possui suas vantagens e desvantagens. Para entender quais são, clique aqui e saiba mais.
Hemodiálise
A hemodiálise é um método que realiza a função dos rins em nosso corpo, retirando as todas as substâncias tóxicas, água e sais minerais pelo auxílio de um equipamento chamado dialisador. Naturalmente, os rins é que exercem esse papel fundamental no corpo humano, limpando e eliminando por meio da urina, as impurezas do organismo. Porém, uma vez que esse órgão está comprometido devido a doença, a hemodiálise age como um “rim artificial” e executa tais funções. Clique aqui e conheça tudo sobre a hemodiálise!
Hemodiafiltração
Também conhecido como HDF, a hemodiafiltração é uma modalidade de terapia renal substitutiva nascida no início dos anos 2000, na qual combina duas formas de filtragem: difusão e convecção. Essa técnica consiste na utilização de um filtro específico através de uma máquina capaz de remover as toxinas existentes no organismo do paciente em maior volume, que normalmente não são retiradas pela hemodiálise convencional. Esse método de terapia é mais eficiente pelo fato de exercer uma pressão mais forte capaz de “arrastar” essas substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea. Por ser uma modalidade relativamente nova no tratamento dialítico, a hemodiafiltração utiliza de altos recursos tecnológicos e oferece maior qualidade de vida para pacientes portadores da doença renal crônica. Especialistas afirmam que essa terapia é a que mais se aproxima das funções fisiológicas de um rim “normal” e proporciona maior conforto ao paciente por não apresentar algumas complicações em comparação com as demais terapias renais substitutivas, como quedas bruscas de pressão arterial, dores de cabeça, náuseas e fadiga durante as sessões, além de possuir menos restrições nutricionais.
Transplante Renal
O transplante renal ou transplante dos rins atualmente é a melhor forma de tratamento para pacientes portadores de insuficiência renal crônica em sua fase terminal, estando em diálise peritoneal, hemodiálise ou fase pré-dialítica, sendo considerado uma opção completa e efetiva para que os pacientes possam ter melhor qualidade de vida, já que o novo órgão é capaz de executar suas funções normalmente, como filtrar as toxinas encontradas no sangue como a amônia, ureia e ácido úrico, conforme dito acima.Saiba mais: https://nefroclinicas.com.br/quais-sao-as-terapias-renais-substitutivas-e-qual-a-melhor-opcao-para-o-seu-caso/https://www.youtube.com/watch?v=_9yIyjeIAi8Assista o vídeo do Dr Tiago Ribeiro Lemos, médico nefrologista da NefroClínicas Ipanema , no Rio de Janeiro, e esclareça suas dúvidas sobre hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal.
Como calcular a função renal?
Através da dosagem da creatinina, juntamente com dados como a idade e sexo da pessoa, é possível calcular e ter uma estimativa do percentual de funcionamento renal ou taxa de filtração glomerular.O resultado norteia o grau de disfunção renal, ajuda nas decisões terapêuticas e na inferência prognóstica de risco para necessidade de diálise ou transplante.Aqui no site da NefroClínicas está disponível a calculadora CKD-EPI que analisa por meio da creatinina do sangue (é necessário ter um exame recente em mãos), idade e sexo do paciente, a taxa de função renal. Confira: https://nefroclinicas.com.br/funcao-renal/Mas, lembre-se de que é fundamental que o resultado seja avaliado por um especialista na área para garantir o melhor uso dessa informação.Calcule sua Função Renal
Onde encontrar os melhores nefrologistas para iniciar o tratamento?
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